O governo de Nova York, nos Estados Unidos, tem feito pagamentos em dinheiro a diversos imigrantes na cidade. Conforme o canal norte-americano Fox News, essas pessoas normalmente não se qualificariam ao programa de assistência social do Estado.
A administração da democrata Kathy Hochul “mudou silenciosamente as regras de elegibilidade do programa estadual”, informou a emissora.
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A decisão visa a permitir que não cidadãos com pedidos pendentes de asilo recebam benefícios. Logo, diversos imigrantes se tornaram elegíveis aos pagamentos, conforme reportagem do jornal norte-americano New York Post.
O Gabinete de Assistência Temporária e de Deficiência (OTDA) do Estado é quem decretou a mudança. Segundo a Fox, o órgão enviou uma mensagem às agências de serviços sociais da cidade, embora não tenha informado quantos imigrantes estão sem receber o pagamento.
O dinheiro usado para os imigrantes em Nova York
Em entrevista à Fox, um porta-voz da OTDA disse que apenas uma “pequena parcela” dos US$ 4,3 bilhões (R$ 21 bilhões) reservado pelo governo para a crise migratória foi usada nos pagamentos.
Acredita-se que cerca de 90% da atual população imigrante no Estado não seria elegível para os benefícios sob as novas regras.
“A pedido da cidade de Nova York, a OTDA fez uma atualização técnica para permitir que uma pequena percentagem de migrantes recebesse determinado apoio adicional, conforme as leis estaduais e federais”, informou o porta-voz.
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O relatório revela que mais de 173 mil migrantes chegaram a Nova York desde 2022. Se 10% deles recebessem pagamentos, isso equivaleria a quase 20 mil beneficiários apenas na cidade.
Toque de recolher
A Prefeitura de Nova York decidiu expandir um toque de recolher noturno, criado em janeiro. A medida é direcionada a abrigos que recebem imigrantes ilegais. As restrições foram implantadas depois dos recentes atentados a tiros praticados por estrangeiros.
O toque de recolher imposto pelo prefeito democrata Eric Adams funciona das 23h às 6h e atinge cerca de 3,6 mil imigrantes. Os estrangeiros estão em mais de uma dúzia de locais de emergência de Preservação e Desenvolvimento Habitacional nos distritos de Manhattan, Queens, Brooklyn e Bronx. A informação foi dada pela porta-voz da prefeitura, Kayla Mamelak Altus.
De acordo com a administração municipal de Nova York, a cidade lidera o país na gestão da “crise humanitária nacional” que os EUA enfrenta nos últimos anos. Segundo a prefeitura, as autoridades buscam priorizar a saúde e segurança tanto dos nova-iorquinos quanto dos imigrantes que buscam asilo na cidade.
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Estêvão Júnior é estagiário da Revista Oeste em São Paulo. Sob supervisão de Anderson Scardoelli