A Agência Estatal de Meteorologia da Espanha emitiu um alerta vermelho para chuvas intensas na costa sul de Valência, ao passo que o país já registra 217 mortes e dezenas de pessoas desaparecidas em razão das tempestades e enchentes.
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Agora, as autoridades pediram aos moradores das áreas afetadas que retornem para casa em razão do novo aviso.
“Tempestades de alta intensidade poderão ocorrer nesta área nas próximas horas: mais de 90 litros por metro quadrado em uma hora”, diz o comunicado da agência. “Em princípio, não serão chuvas muito persistentes.”
De acordo com uma jornalista da AFP, a polícia utilizou megafones para alertar os moradores sobre o risco e solicitar o retorno às suas residências. A previsão é que as chuvas atinjam o sul e norte de Valência, além de Castellón e Alicante.
Apelo do Papa Francisco
No Vaticano, o papa Francisco pediu aos fiéis que “rezem por Valência e pelo povo espanhol que sofre muito nesses dias”. A Espanha enfrentou críticas por causa da lentidão nas operações de limpeza e resgate. Em resposta, o governo local anunciou a mobilização de 7,5 mil soldados e quase 10 mil policiais e guardas-civis para as tarefas de resgate.
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Uma onda de solidariedade tomou conta da região, e milhares de voluntários levaram suprimentos para ajudar. No entanto, em razão do novo alerta, o acesso foi restringido a 2 mil pessoas e os voluntários receberam ordens para não sair do território.
Protestos durante visita do rei da Espanha
O rei Felipe VI enfrentou protestos durante uma visita a Paiporta, um dos subúrbios mais afetados. Os moradores criticaram a presença do rei, chamando-o de “assassino”, sob o argumento de que os alertas para as chuvas chegaram com atraso, quando a enchente já causava danos significativos.
Além de mortes e desaparecimentos, as enchentes danificaram a infraestrutura e deixaram a população sem comida. A destruição atingiu estradas, pontes e trilhos, enquanto a água avançou sobre terras agrícolas e arrastrou centenas de veículos pelas ruas.