Série
A Casa do Dragão (HBO)
Quem assistiu às oito temporadas de Game of Thrones pode ter ficado ressabiado com o final da saga, meio decepcionante. Quando a HBO anunciou que vai produzir pelo menos mais cinco séries inspiradas nos livros de George R R Martin, muita gente ficou com o pé atrás.
O primeiro desses spin-offs, A Casa do Dragão, chega ao seu quarto episódio hoje. É uma “prequela” da série original, passada mais de um século e meio antes do início de GoT. Mostra um tempo em que as terras de Westeros viviam unidas num único reinado, o da casa Targaryen. Com um toque light de feminismo, o centro da trama é a Princesa Rhaenyra Targaryen (Milly Alcock), que enfrenta a resistência dos assessores do rei Viserys Targaryen (Paddy Considine) a aceitar uma mulher como herdeira. Cronologicamente, Rhaenyra vai ser provavelmente a bisavó ou trisavó de Daenerys Targaryen (Emilia Clarke), uma das estrelas de Game of Thrones.
O vilão é o irmão do rei, Daemon Targaryen, interpretado por Matt Smith, o ator que fez o papel do príncipe Phillip na série The Crown. Casa do Dragão tem tudo o que você pode esperar desse universo – batalhas épicas, orgias, exageros, e cenas de sadismo que grudam na nossa cabeça para sempre.
Não sabemos, claro, como esta série vai se desenrolar. Mas ela começou com grande vantagem com relação à sua predecessora. Os figurinos são ainda melhores, o elenco central é excelente, os cenários ainda mais monumentais, os efeitos especiais deram um upgrade e os dragões parecem vivos aos nossos olhos. Tomara que continue assim. E que os novos produtores jamais permitam que um copo da Starbucks apareça de novo numa das ceias medievais da realeza.
Desliguei com menos de um minuto da série, bizarrice woke detectada.
Exatamente. Bizarrices. Uma lástima esse “prequel”. Atuações sofríveis, quase que teatro infantil. Bem amadorística a produção. Ainda aturei até quase o final do primeiro episódio, na esperança que algo de bom acontecesse. Mas aí vem uma cena sem pé nem cabeça, sem contexto, de sexo gratuito, e pimba! Monitor desligado.