Ievguêni Prigojin, líder do Grupo Wagner, foi alvo de buscas na quarta-feira 5. Os policiais estiveram no palácio do mercenário em São Petersburgo, na Rússia.
A TV estatal do país deu detalhes das buscas, em uma campanha para desacreditar o líder mercenário, e mostrou o patrimônio escondido de Prigojin.
Os policiais encontraram ao menos R$ 32 milhões em notas de dólar e rublo, barras de ouro, armas, uma coleção de perucas, fotos dele disfarçado e de cabeças decepadas, passaportes diversos e marretas para intimidar inimigos. As imagens são devastadoras para Prigojin.
No programa de política do Canal 1 russo, do jornalista Eduard Petrov, Prigojin foi apresentado como um degenerado e chamado de traidor.
Líder do Grupo Wagner de volta à Rússia
O ditador de Belarus, Aleksandr Lukachenko, anunciou nesta quinta-feira, 6, que Prigojin está na Rússia, e não mais em seu país. Não foi divulgado o que houve: se o líder mercenário retornou ou se foi devolvido aos russos.
“Em relação a Prigojin, ele está em São Petersburgo. Ele não está em Belarus”, disse o ditador, que havia confirmado a presença do mercenário em seu país, parte do acordo para acabar com o motim.
Ao mesmo tempo, Lukachenko disse que ainda não sabe se irá assinar contratos para receber membros do Wagner, considerados dos mais ferozes soldados a serviço da Rússia na Guerra da Ucrânia e com atuação em diversos países.
A presença do Wagner em Belarus era dada como certa, tanto que há uma base sendo preparada para receber seus soldados.
No Kremlin, o porta-voz, Dmitri Peskov, foi instado a comentar o caso por repórteres, mas apenas disse que “nós não monitoramos o paradeiro” do mercenário.