Estudos mostram que em alguns casos não existem evidências de transmissão vertical de mãe para filho
As mulheres grávidas geralmente são mais suscetíveis a infecções respiratórias e, uma vez infectadas, podem ficar gravemente doentes, com consequências duradouras para a mãe e o bebê. Mas alguns estudos mostram que mulheres grávidas contaminadas com coronavírus podem não sofrer tantos riscos.
“Felizmente, não havia evidências de transmissão vertical de mãe para filho”, disse Wei Zhang, epidemiologista da Northwestern University e um dos autores do estudo.
Outro estudo publicado em março na revista médica Jama ofereceu mais segurança: dos 33 recém-nascidos do Hospital Infantil de Wuhan, na China, apenas três apresentavam sinais do vírus e os sintomas eram leves, relataram os pesquisadores.
As estatísticas da Jama para o novo coronavírus e o estudo de Zhang fornecem motivos para otimismo, mas dados abrangendo um maior número de grávidas são cruciais, alertam especialistas.
“Sabemos que haverá muitas mulheres grávidas com coronavírus, devido à quantidade de casos observados no mundo”, disse Denise Jamieson, titular do departamento de ginecologia e obstetrícia da Universidade Emory. “Será fundamental que os sistemas de monitoramento coletem informações sobre o estágio da gestação.”
O doutor Zhang enfatizou que seu estudo oferece “boas notícias” apenas para mulheres no término da gravidez. “Devemos ser muito cautelosos para não induzir a erro um outro grupo de mulheres grávidas”, disse ele. “Não sabemos o efeito real do vírus nas mulheres no início da gravidez.”
À medida que os pesquisadores aprendem mais, novos estudos devem ser divulgados. Por enquanto, recomendam-se às grávidas cuidados de higiene redobrados.
Fonte: The New York Times