“O ambientalista simplório quer acabar com os jardins zoológicos, mas abre uma exceção para gatos e cães, que podem viver desde o nascimento em pequenos apartamentos”, diz o jornalista José Gomes Ferreira, âncora do canal Sic Notícias, no vídeo em que lê um artigo do jornalista Luís Ribeiro.
No texto, escrito para a revista A Visão, de Portugal, Ribeiro cita as contradições daqueles que querem “acabar com os combustíveis fósseis” mas não aceitam nem sequer as fontes eólicas, porque as “hélices estragam paisagens e perturbam os animais”.
Íntegra do artigo “O ambientalista simplório”, de Luís Ribeiro
O ambientalista simplório quer acabar com os combustíveis fósseis. Quer energia limpa, sem emissões de gases do efeito de estufa. Mas não quer barragens, porque as barragens destroem ecossistemas. Não quer eólicas, porque as hélices estragam paisagens e perturbam os animais. Não quer energia nuclear, porque produz lixo radioativo.
O ambientalista simplório quer florestas, porque precisamos de árvores para absorver dióxido de carbono da atmosfera. Mas quer escolher as árvores. Não quer eucaliptos, não quer floresta de produção. Quer a floresta da Chapeuzinho Vermelho, porque sempre viveu na cidade e julga que as florestas são assim. Quer dizer a cada proprietário o que pode plantar e ainda obrigá-lo a tratar do terreno, num serviço gratuito, abnegado, para benefício da “sociedade”.
O ambientalista simplório grita “auçam os cientistas”, quando os cientistas lhe dizem o que ele quer ouvir. “Ouçam os cientistas: estamos a destruir o planeta com as alterações climáticas.” Mas, quando os mesmos cientistas dizem que “os transgênicos não fazem mal nenhum e podem ser uma mais-valia para o ambiente e para a humanidade”, o ambientalista simplório berra: “Os cientistas estão a serviço das multinacionais.”
O ambientalista simplório quer agricultura biológica, porque não gosta de “químicos”. Mas esquece-se de que tudo são químicos, do oxigénio que respira ao sulfato de cobre usado, tal como centenas de outros produtos “naturais”, na agricultura biológica. Esquece-se de que a agricultura biológica precisa de mais espaço, valioso espaço, para produzir a mesma quantidade que a agricultura convencional, e que esse espaço terá de ser ganho à custa do desflorestamento.
O ambientalista simplório quer que toda a gente se torne vegetariana, ou vegana, e acabar com a produção animal. Mas ignora que sem produção animal todo o fertilizante usado para cultivar os seus vegetais terá de ser artificial, e “ai, Deus nos livre dos químicos”.
O ambientalista simplório quer acabar com os jardins zoológicos, porque, não, os animais não podem estar em cativeiro, fechados a vida toda num espaço limitado. Mas abre uma exceção para gatos e cães (e coelhos, vá), menos animais do que os outros. Esses podem viver quase desde que nascem até ao dia em que morrem trancados num apartamento de 50 metros quadrados, que é para o bem deles.
O ambientalista simplório é contra o desperdício alimentar. Mas não quer conservantes na comida nem delícias do mar nem nada que seja feito com restos de comida.
O ambientalista simplório só cozinha com azeite, essa oitava maravilha para a saúde. Mas vocifera contra os grandes olivais do Alentejo. Produzir azeite em grande quantidade é a única forma de lhe baixar o preço e torná-lo acessível a todos? Os pobres que comam bolos.
O ambientalista simplório chora a morte de cada rinoceronte e tigre. Mas defende com unhas e dentes a medicina tradicional chinesa que está por trás da perseguição a rinocerontes e tigres, para fazer pós milagrosos com os seus cornos e ossos – porque as medicinas alternativas são naturais e, lá está, o que é natural é bom (desde que não seja sal, cogumelos venenosos, arsênio, amianto, mercúrio, antraz, urtigas, malária, raios ultravioletas, etc, etc, etc).
O ambientalista simplório faz campanhas para que se coma “fruta feia”, julgando que os agricultores mandam para o lixo tomates e maçãs que não interessam aos supermercados. Mas ignora que esses tomates e essas maçãs disformes se transformam em ketchup, sumos e outros produtos, que obviamente não são feitos com vegetais e frutas de primeira linha.
O ambientalista simplório quer comer peixe. Mas não pode ser capturado no mar, porque a pesca não é sustentável, e não pode ser de aquacultura, porque tem antibióticos, e garantidamente não pode ser geneticamente modificado, porque viu um desconhecido no YouTube que dizia não sabe o quê, já não se lembra bem.
O ambientalista simplório quer que haja mais carros elétricos nas estradas. Mas é contra a prospeção de lítio, essa insustentável fonte de poluição do ar, dos solos, das águas, e escreve-o nas redes sociais, teclando furiosamente no seu telemóvel com bateria de lítio.”
RETRATO DE UM ENSINO ALIENANTE, IDEOLOGICO, DETURPADO E FORA DA REALIDADE. NINGUEM É CONTRA MEDIDAS MAIS SUSTENTAVEIS, MAS EXISTEM LIMITES IMPOSTOS PELA PROPRIA DIMENSÃO DA POPULAÇÃO HUMANA
Querem tudo isso mas nao querem ficar sem ar condicionado, celular, tv e etc….pq não vão morar na floresta, estilo largados e pelados….
Eu sou um ferrenho ambientalista simplório, de YouTube. Passo horas vendo caras construindo cabanas no mato, fazendo fogueira com duas pedrinhas e cozinhando batatas. Mas se eles me convidarem, estou fora, pq não tem banheiro decente, nem chopp nem….. internet.
Como diz o imbatível Augusto: são todos umas bestas quadradas.
Tem uma solução definitiva que atendem a esse echochatos: A completa extinção da humanidade. Problema resolvido. Mas aí eles vão dizer que é uma solução muito radical, vamos liquidar com pelo menos uns 90%, desde que os 10% restantes sejam de ecochatos.
Já pensou?? Questões intrigantes aí. Quem iria compor esses 10%? 1 bi, já é bastante gente. Ficariam espalhados ou reunidos? Onde? Na África ou NY? Incluiriam advogados? Medicos? Aí concluiriam que 10% é muito. Melhor 1%. Começa tudo de novo….
Calma, o asteroide está a caminho.
Abraços
Vão pastar, ecochatos mimados.
Nos meus 15 a 20 anos, eu ouvia, dos mais velhos, “Juventude Transviada”. Aí eu fui envelhecendo…E, hoje, percebo que sempre teremos jovens rebeldes, perdidos, drogados, alcoolizados. Hoje, com a politização das escolas e a lavagem cerebral imposta pelos pseudo professores, nossas gretas e giseles falam pelos cotovelos que o mundo não é bom para viver. Mas não fazem nada. Só falam. Não tem iniciativa. Trabalhar, para elas, é opressivo, constrangedor…”Nós somos porta vozes da natureza”.
Rebel without a cause….quase confundi com Rock around the Clock, que no Rio passou no Rian e quebraram o cinema todo. 56. Não fui, não tinha idade ainda.