O presidente Vladimir Putin ameaçou o mundo ao anunciar que poderia usar armas nucleares para “defender” territórios ocupados na Ucrânia. “Isso não é um blefe”, declarou o líder russo durante o pronunciamento à nação na quarta-feira 21.
A afirmação do presidente russo levantou especulações sobre o possível uso de armas nucleares “táticas”. Elas pertencem a uma subcategoria e possuem menor alcance, podendo chegar a 500 quilômetros — e menor potência em termos de carga útil — e são criadas para atingir alvos menores, ou para a execução de ataques diretos em campo de batalha.
Devido ao curto alcance, as armas nucleares táticas não são intencionadas para causar destruição nuclear ou radioativa em massa, seja por objetivos táticos ou para evitar problemas para o lado lançador. Essas armas incluem mísseis de curto alcance, minas terrestres, projéteis de artilharia, cargas de profundidade e torpedos.
Estima-se que a Rússia tenha cerca de 2 mil armas táticas, que podem ser usadas em vários tipos de mísseis que habitualmente carregam explosivos convencionais. Ainda que menores em poder de fogo, elas não são ausentes de risco, uma vez que ainda são bombas nucleares. O seu uso em campo de batalha pode acabar escalando o nível do conflito.
Armas nucleares estratégicas
Normalmente, o termo se refere a dispositivos nucleares que possuem um alcance de nível alto ou intercontinental. Essas armas são criadas para atingir alvos estratégicos, geralmente bem maiores em efeito, e seu lançamento é realizado em áreas bem distantes do campo de batalha, longe de qualquer prejuízo em potencial para os civis e militares do país lançador.
O mais habitual, no entanto, é que armas nucleares sejam medidas em kilotons, unidade equivalente a mil toneladas de TNT. Segundo o centro de estudos britânico de segurança e defesa Rusi, a maior parte do arsenal russo tem 10 kilotons ou menos. Algumas, contudo, poderiam chegar a 100 kiloton. Para fins comparativos, a bomba lançada sobre Hiroshima tinha pouco mais de 10 kilotons e matou de imediato cerca de 70 mil pessoas.
Tática de Putin é amedrontar
O pesquisador da Universidade de Harvard Vitélio Brustolin acredita ser improvável que a guerra escale para o uso de armas nucleares. “Não é esperado que ninguém ataque com armas nucleares porque, para atacar, você precisa ter certeza de que vai destruir toda possibilidade de resposta do oponente. Se você der a oportunidade de contra-ataque, os países com armas nucleares se destroem mutuamente”, disse em entrevista à CNN.
Brustolin afirmou que existe uma doutrina militar russa que se chama “escalar para apaziguar”, que prevê o uso de arma nuclear tática para chamar a atenção dos atores envolvidos na batalha. “No entanto, a China é contra o uso preventivo de armas nucleares e ela é um aliado que os russos não querem perder nesse momento”, observou.
O Putin “quer realmente amedrontar o Ocidente”, acrescentou o pesquisador. “Isso demonstra que ele está sofrendo derrotas significativas no campo de batalha tradicional.”
Leia também: “Putin, a mãe Rússia e o Ocidente”, texto publicado na edição 102 da Revista Oeste
Putin precisa é de um bom tratamento psicológico, para que ele ponha para fora tudo de mal que aconteceu na infância dele. O mundo necessita disso para continuar vivo. Lembrem-se de que Hitler tentou, mas não conseguiu obter armamento nuclear. Putin tem, e muito!
Tem que bomba atômica na Ucrânia. Daí acabar a guerra rápidinho (!)