O professor e analista político José Carlos Sepúlveda da Fonseca classificou como “coerência criminosa” a postura do governo brasileiro diante dos ataques terroristas contra a população civil de Israel. Ele foi o entrevistado da edição desta segunda-feira, 9, do programa Oeste Sem Filtro.
Quando Augusto Nunes lhe pergunta sobre como avalia a reação do governo, o professor a resume em uma palavra: nefanda. Pouco comum entre os brasileiros (Sepúlveda é português), seu significado é o mesmo que execrável, abominável, perverso.
Governo comprometido, no mau sentido
O governo afirma “que ‘houve ataques’, parecendo que foram feitos por fantasmas”, sem menção a um “autor concreto”, critica Sepúlveda. Além disso, “o Hamas não cumpriu com nenhuma das leis de guerra” às quais o Brasil se compromete em tratados internacionais.
Sepúlveda recorda que o governo Lula “tem uma linha de atuação, desde o início, pró-Irã”. Portanto, a omissão diante do terrorismo do Hamas — o qual o governo desse país fomenta — se explica por essa “coerência, a meu ver, criminosa” de comprometimento com o regime do Irã, conclui o professor.
Sobre o apoio iraniano, Sepúlveda explica que “sem a ajuda de Estados, o Hamas não teria a capacidade de fazer” tudo o que fez. “Considero que estão por trás o Irã, mais imediatamente, e a Rússia, também.”
‘Existe uma guerra de palavras’
O analista político ressalta o cuidado que se deve ter com os nomes que se dão às coisas. Um dos exemplos é “não deixarmos confundir os palestinos com o Hamas”. Vários de seus habitantes “vivem pacificamente ali na Faixa de Gaza e trabalham em Israel”, inclusive políticos, ou seja, representantes desse povo.
“Muitos palestinos se dizem vítimas do próprio Hamas.” Esse grupo “é uma realidade terrorista e política” dentro do território deles, “mas não os representa”. Contudo, “a ele lhe convém ficar atrás dessa fachada da causa palestina”.
‘Mídia engajada e militante’
Outro alerta que o professor Sepúlveda faz — ainda no contexto da “guerra de palavras” e de narrativas — é para quando “a mídia militante e engajada começar a dizer que houve muitas mortes civis entre os palestinos”, igualando indiretamente, assim, o Estado de Israel ao Hamas. No entanto, os terroristas armados do Hamas “não são vinculados a nenhum Exército oficial, [e só] por isso são considerados civis”.
Assista à entrevista completa com o professor José Carlos Sepúlveda:
Acompanhe também a cobertura completa de Oeste dos ataques ao povo de Israel pelos terroristas do Hamas.
Como Sepulveda disse, na Faixa de Gaza, não existe exército, logo, os mortos são todos civis, o que é uma incongruência.
Será qiue nosso desgoverno não sabe a diferença entre Palestinos e o Hamas ?
Acho que a falta de inteligência explica tudo.
Nossas favelas também são verdadeiras “faixas de Gaza” onde vive uma enorme população pacífica, séria, honesta, trabalhadora, mas são subjugados pelas quadrilhas que lá dominam.