Autoridades civis ligadas à organização da Olimpíada de Paris e líderes religiosos se reuniram em frente à Catedral de Notre Dame, neste domingo, 4, em Paris, em busca da reconciliação.
A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris causou foi criticada por grupos religiosos, incluindo o Vaticano, e provocou protestos no mundo todo ao retratar “A Última Ceia” com apresentação de drag queens. Os religiosos consideraram a encenação uma zombaria ao cristianismo.
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Depois das críticas, o diretor artístico e artistas negaram inspiração na pintura de Leonardo da Vinci. Com isso e com um pedido de desculpas, feito no domingo 28, a intenção do encontro entre os religiosos e as autoridades civis foi uma reconciliação, informou a imprensa.
“Queríamos mostrar que o mais importante é a paz”, afirmou o bispo católico Emmanuel Gobilliard no encontro, que foi inspirado na reunião do Barão Pierre de Coubertin, idealizador das Olimpíadas modernas, com líderes religiosos nos Jogos de Paris de 1924.
De acordo com o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, o evento mostra como “a fé e o esporte podem se complementar”.
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Proibição de manifestações e acessórios religiosos na Olimpíada
A proibição de manifestações religiosas nos Jogos também tem causado polêmica. Atletas francesas desistiram de participar da competição após a proibição do véu islâmico por mulheres muçulmanas nas provas.
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O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) foi notificado pelo COI depois que a medalhista de bronze Rayssa Leal transmitiu uma mensagem religiosa por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras) na final do skate street feminino.
Redação Oeste, com informações da Agência Estado
Se ucranianos, cubanos e venezuelanos estão morrendo ou se o ocidente convive com uma tensão de ameaça nuclear da Coreia do Norte por causa da tirania comunista não importa para a igreja. Mas se mexer na pintura, isso precisa de uma resposta imediata.
O quadro de Da Vinci é apenas uma pintura. Porque os jornalistas insistem nesse aspecto? A ofensa é ao evento bíblico da Última Ceia de Jesus, Filho de Deus, com seus discípulos e replicado na celebração da Eucaristia de cada Santa Missa católica. A ofensa é religiosa e inaceitável qualquer que tenha sido a intenção.