Mais de 4 mil pessoas foram mortas desde o início da invasão russa à Ucrânia. A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 27, pelo Escritório de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).
“Os números reais são mais altos”, informou a ONU. “Ainda não recebemos informações de outros locais onde os bombardeiros também aconteceram. Muitos relatórios ainda estão pendentes.”
Cerca de 200 crianças estão entre as vítimas. Segundo o comunicado, a maioria das mortes se deu por armas explosivas, como bombardeios de artilharia pesada ou ataques aéreos. A ONU não atribuiu culpa pelas mortes.
Já a Rússia negou ter assassinado os ucranianos e nomeou a invasão de “operação militar especial” para “desnazificar” a Ucrânia e livrar o país dos nacionalistas “antirrussos”, incitados pelo Ocidente.
A Ucrânia informou que as afirmações russas não têm fundamento e que Vladmir Putin, presidente da Rússia, usou essas alegações para justificar a invasão ao país.
Conversa com Putin
Durante um discurso no instituto de políticas Think Tank nesta sexta-feira, 27, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que não está ansioso para conversar com Putin, mas que é preciso encarar a realidade de que essa pode ser a única forma de encerrar a invasão.
“Existem coisas para discutir com Putin”, disse Zelensky. “Devemos enfrentar a realidade do que estamos vivendo.” O líder ucraniano também afirmou que a população quer voltar a viver normalmente.