Seis dirigentes políticos da oposição venezuelana estão asilados na Embaixada da Argentina em Caracas há mais de cem dias. Cinco deles faziam parte da campanha de Edmundo González Urrutia, apoiado por María Corina Machado.
A ditadura de Nicolás Maduro os acusa de “ações violentas”, “terrorismo” e “desestabilização”.
Os asilados são:
- Magalli Meda, gerente da campanha política da oposição;
- Claudia Macero, jornalista;
- Pedro Urruchurtu, coordenador de relações internacionais;
- Omar González, chefe de campanha do Estado de Anzoátegui;
- Humberto Villalobos, responsável pela logística eleitoral; e
- Fernando Martínez Mottola, dirigente da Plataforma Unitária.
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Recentemente, a polícia venezuelana prendeu Henri Alviarez, coordenador nacional do Vente Venezuela, e Dinora Hernández, secretária nacional do partido. Depois dessas prisões, aumentaram-se significativamente os pedidos de asilo político.
Anteriormente, alguns desses dirigentes estiveram em asilo temporário na Embaixada da Holanda, depois das eleições primárias da oposição, em outubro do ano passado.
Ditadura venezuelana negou o salvo-conduto
Apesar de terem um salvo-conduto preparado, o documento foi negado pelo governo de Nicolás Maduro. Isso deixou os asilados em uma situação de incerteza. Enquanto isso, a administração do presidente argentino, Javier Milei, os acolhe na embaixada.
Eles souberam que poderiam ser presos depois de o procurador-geral Tarek William Saab os acusar, em março, de fazerem parte de uma conspiração para derrubar o governo, gerar violência no país e atentar contra a vida de Maduro.
Desde o fim do ano passado, 46 opositores foram detidos sob acusações semelhantes. Na Embaixada da Argentina em Caracas, os opositores venezuelanos continuam com suas atividades políticas, embora enfrentem limitações em serviços públicos.
Uma campanha desigual
A campanha eleitoral venezuelana ocorre em um ambiente desigual. O ditador Maduro tem controle sobre os recursos do poder e promove sua campanha em atos militares e na televisão.
Em contrapartida, a oposição realiza viagens por vilas e cidades médias. Também usam as redes sociais para promover a campanha eleitoral.