No início do século 20, a Argentina era uma potência financeira. No entanto, em razão de uma série de políticas econômicas contraproducentes, o país se tornou um dos países mais pobres da América Latina. A tributação é alta, os impostos corroem a renda dos cidadãos e a inflação encarece os produtos.
O ex-presidente Mauricio Macri foi eleito para mudar os rumos dos hermanos, mas não conseguiu aprovar as reformas necessárias. O kirchnerismo voltou à Casa Rosada, e os problemas econômicos da Argentina se acentuaram.
Um possível candidato a resolver esses problemas é o economista libertário Javier Milei. Nas eleições de 2021, seu partido obteve 257 cadeiras na Câmara dos Deputados e se tornou a terceira força política do país. Desde que ingressou no Parlamento, Milei está fazendo campanha para as eleições presidenciais de 2023. E o aumento exponencial em sua popularidade fez os opositores considerarem seriamente sua possibilidade de vitória.
Os planos
Milei é transparente sobre seu plano de governo. Em linhas gerais, o economista pretende fazer a Argentina alcançar o Produto Interno Bruto (PIB) per capita dos Estados Unidos em um período de 35 anos, com dois terços do crescimento ocorrendo na primeira parte desse tempo. O plano está estruturado em três etapas de reformas, que devem ser implantadas em uma sequência específica.
Como mostra artigo publicado pelo economista Manuel Garcia Gojon, a primeira etapa inclui reformas fiscais, trabalhistas, comerciais e monetárias. A reforma fiscal resultará em forte redução dos gastos públicos e dos tributos. A reforma trabalhista, por sua vez, aumentará a flexibilidade para futuros contratos de trabalho, de maneira a facilitar a contratação e demissão de funcionários. Já a reforma comercial estabelecerá o livre-comércio unilateral, sem tarifas, cotas ou restrições de importação e exportação. Por fim, a reforma monetária eliminará as regulamentações e aumentará a concorrência. O Banco Central será liquidado, e o peso (a moeda do país) deixará de existir.
A segunda etapa do plano de Milei inclui reformas previdenciárias e do bem-estar social. A reforma da Previdência privatizará as aposentadorias e permitirá que os funcionários federais se aposentem mais cedo, para aumentar a quantidade de empregos no setor privado.
A terceira etapa do plano inclui reformas nos sistemas de saúde e educação. A reforma no sistema de saúde buscará o fim das regulamentações. Já a reforma educacional dará liberdade às escolas, para que adotem seu próprio currículo. A proposta também visa a criar um sistema de vouchers para gastos educacionais, a fim de incentivar a competição escolar.
Milei, um libertário na política
Indagado se não seria um contrassenso sua participação na política, tendo em vista que os libertários rejeitam a existência do Estado, Milei não hesitou. “Isso não significa abandonar a batalha cultural”, disse à Agênce France-Presse. “Se você atua apenas na batalha cultural, deixa de agir na vida prática. Os torcedores do Barcelona foram legais, mas os gols foram marcados por Messi.”
Agora, os argentinos esperam que o candidato libertário seja o artilheiro das eleições presidenciais, que serão realizadas em 2023.
O leitor pode ler um perfil completo de Javier Milei ao clicar neste link.
A primeira coisa que os Argentinos terão que fazer, é tirar a esquerda do poder, depois
eleger um Presidente liberal ,que realmente tentará tirar o País do caos que se encontra,
quanto a ter apoio do Congresso ou parlamente, se for um bom Presidente como Bolsonaro, logicamente conseguirá começar a fazer as reformas necessárias, mas tem
que ter visão e força, além de bons ministros para governar.
Sem uma maioria no legislativo, comprometida com a implantação de uma agenda liberal, não vai conseguir nada. Apesar da minha torcida pelo Milei
Bolsonaro e Guedes, o economista da Chicago de Taubaté, nunca adotariam agenda tão saudável para livrar o povo de tanta violência do estado. Na realidade ninguém aqui. Todos no BR está drogados em estatismo. “Tudo dentro do estado, nada fora do estado.”
Não basta se eleger presidente. Terá que ter a seu lado um Congresso tão reformista quanto ele.
Já conseguiram se formar como terceira maior força legislativa. Milei segue diariamente em TV fazendo campanha. Ainda aguardo que a Argentina se torne um exemplo libertário a ser seguido até pelo Bolsonauro.
Depende do apoio popular. Se Javier Milei for bem eleito, com esmagadora maioria, ele poderá implementar as reformas necessárias que serão as pautas pelas quais ele se elegeu. O Esquerdismo, Kirchnerismo e o Peronismo parecem que estão em baixa devido às avassaladoras desmoralizações pelas quais têm passado ultimamente.
Não entendi o fim da moeda local! Sei que a economia argentina é dolarizada, mas deixar de ter uma moeda não tiraria independência do país?
Na realidade o estado perde o poder monetário. Existem 3 maneiras do estado te roubar com impostos: 1) Aprovar impostos no congresso (muito impopular) 2) Títulos da dívida pública (o tal tesouro direto que alguém vai ter que pagar o pato lá na frente já que o estado não corte na carne as despesas igual os pobres escravos. 3) Imprimir dinheiro (expansão da base monetária) é o jeito mais fácil para “cobrar” impostos da sociedade, só mudar os dígitos lá no computador do BC e que se exploda o país quando o principal efeito: inflação surgir. Você não pode expandir a base monetária sem que o país tenha produzido riqueza proporcionalmente. Vai dar m**** em breve.
Ao assumir o dolar como moeda oficial, a Argentina ficará nas mãos da política monetária dos EUA que não tá muito boa, tendo em vista que o próprio Biden mandou ver na impressora por lá. Mas essa estratégia é para evitar que qualquer governante tente no futuro quebrar o país de novo, caso venha a sanar.
Na minha opinião a Argentina deveria adotar o BTC também como moeda oficial.
Teoricamente não. As experiências de países dolarizados como Equador e Panamá não indicam isso.
Considero, que como aqui no Brasil, o primeiro passo para os argentinos é estabelecer uma reforma trabalhista e esvaziar o poder destruidor e corrupto da maioria dos sindicatos, que tornam a vida de empresários e trabalhadores num inferno cotidiano.
O maior corruptor da sociedade é o estado. Todos que querem uma mamata correm no colo do estado para pedir uma “força”. Pode ser sindicato, empresário como o da Havan, recentemente, funça público, etc….
Milei é a luz no fim do tunel dos hermanos. Deus ajude.
Será???? Ele precisará ser bem claro quanto ás propostas… O remédio será amargo, para que prosperem no futuro. O problema será o funcionalismo público(como aqui) e os “petebas” deles….
Enquanto não Eleonora esses vermes de sindicatos e que estão no funcionalismo, ele nao prospera ..
O projeto é ambicioso. Bom demais para deixarem realizá-lo.
Eu conto com a piora da situação, já que mesmo trocando o ministro da economia, a nova ministra parece que foi influenciada pelo Suplicy e quer dar renda básica universal por lá. Piorando muito a situação, talvez os argentinos não tem outra alternativa a não ser seguir Milei e finalmente se tornarem um exemplo libertário para o resto dos paises. Brasil que se cuide…