Em vídeo compartilhado nas redes sociais nesta terça-feira, 12, em português, o major Rafael Rozenszajn, brasileiro e porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), mostrou uma reportagem do canal israelense N12 News em que palestinos denunciam crimes e reclamam da conduta do Hamas na Faixa de Gaza.
“Que os judeus matem todos vocês do Hamas”, diz uma mulher no vídeo. “O Hamas pegou meu filho de mim, destruiu nossas vidas, tomou nossos suprimentos. Eliminem o Hamas da face da Terra.”
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Ao todo, dezenas de pessoas falam ao microfone do canal de mídia de Israel. Em outros trechos, é possível ver pessoas com queixas diversas ao grupo terrorista. A publicação preservou a identidade dos entrevistados com adição de desfoque em seu rosto.
“O Hamas atirou em nós, eles roubam tudo e se escondem, não temos o que comer, destruíram nossas casas”, diz um homem. “Porque eu falei com vocês, sou uma mártir, e o Hamas vai atirar em mim quando eu sair daqui. Não tenho medo de falar, porque eu já perdi tudo”, completa uma mulher.
Antes da entrada da reportagem, as imagens começam com Rozenszajn, que diz que esta é a primeira vez que um jornalista não palestino ou manipulado pelo grupo terrorista consegue ter acesso às vozes de Gaza. Segundo ele, isso não ocorria desde o início da guerra, em outubro de 2023.
“Isso é inédito. Essas pessoas têm algo autêntico para dizer ao mundo”, afirma o major. Ao final, ele explica que o povo de Gaza sofre, mas não com os ataques de Israel. “Enquanto a liderança terrorista do Hamas está nos hotéis de luxo no exterior ou embaixo da terra, o povo palestino está sofrendo”, afirma. “Não com ataques de Israel, mas nas mãos do grupo terrorista.”
Porta-voz das FDI questiona Hamas e diz que ONU não é dona da verdade
No começo de novembro, o major Rafael Rozenszajn disse que nem sempre se pode confiar nas informações da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a guerra entre o país e grupos terroristas.
“Infelizmente, muitas vezes, a posição da ONU não reflete o ponto de vista do Exército israelense, isso não quer dizer que a ONU é a dona da verdade e dos fatos”, considera o militar. Ele cita como exemplo uma operação israelense na aldeia de Null Shams, na Cisjordânia.
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Na iniciativa em questão, a Força Aérea israelense eliminou os terroristas Abdelazez Abu Saman e Ahmed Farmaoui, que estavam diretamente envolvidos em ataques e em plantação de explosivos contra tropas de Israel na região. Alguns deles utilizaram um hospital para se esconder e contrabandear armas para o complexo hospitalar.
“Agora eu pergunto, vocês acham que o comissário-geral da UNRWA condenaria o terrorismo, verificaria os fatos e definitivamente não espalharia a propaganda terrorista?”, questionou, de forma retórica. “Bem, se você pensou que sim, infelizmente você pensou errado.”