A Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou nesta sexta-feira, 5, o fim da emergência sanitária da pandemia de covid-19. A situação estava em vigor desde o dia 30 de janeiro de 2020.
A decisão adotada pela OMS repercutiu na imprensa internacional. Há veículos que destacam o fato de a doença ainda matar pessoas. No caso da China, a mídia estatal afirmou que o país “venceu” a pandemia antes mesmo do parecer por parte da entidade internacional.
Na imprensa internacional também houve registro de contradições de autoridades envolvidas na vigilância sanitária.
Confira, abaixo, como o mundo tem repercutido a mudança de entendimento da OMS, depois de três anos.
The Guardian, Reino Unido
Além de noticiar o fim da emergência sanitária da pandemia, o jornal britânico The Guardian destacou a fala do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, sobre isso não significar tranquilidade para o mundo. “No entanto, isso não significa que a covid-19 acabou como uma ameaça à saúde global”, disse Tedros. “Na semana passada, a covid-19 ceifou uma vida a cada três minutos — e essas são apenas as mortes que conhecemos”, completou o líder da OMS.
O The Guardian também citou os impactos da covid longa e destacou outra fala de Tedros, desta vez sobre a diminuição dos testes e o rastreamento da covid-19 em todo o mundo. “Diminuíram significativamente em todo o mundo, tornando mais difícil rastrear variantes conhecidas e detectar novas.”
China Daily, China
O China Daily é um jornal publicado em inglês na República Popular da China. Principal jornal de língua inglesa do gigante asiático, o China Daily é controlado pelo Partido Comunista da China. O veículo tem, inclusive, uma página especial chamada “Xi’s moments”, com as notícias mais relevantes sobre o ditador chinês. Além de noticiar o fim da emergência da pandemia da covid-19, o veículo controlado pelos comunistas disse que, depois de mais de três anos lutando contra a doença, a China “declarou uma vitória decisiva contra a epidemia em 16 de fevereiro.”
Der Spiegel, Alemanha
A Der Spiegel, revista alemã da cidade de Hamburgo e uma das principais da Europa, afirmou que a suspensão da emergência da pandemia da covid-19 pela OMS não tem um impacto concreto, “pois cada país decide por si sobre suas medidas de proteção”.
A publicação alemã destacou o número de 2,7 milhões de pessoas salvas em países de baixa renda com a vacinação da Covax da ONU até o fim de 2022. A Der Spiegel também citou dados de mortes e infecções pelo Sars-CoV-2 em abril, destacando que não se trata de um quadro específico da situação, porque “quase não há testes em muitos países”.
Por fim, a revista alemã lembrou que a OMS declarou emergência de saúde pública sete vezes desde 2005, sendo que a da covid-19 foi a segunda mais longa (a primeira é a de poliomielite, em vigor desde 2014).
The Canadian Press, Canadá
Com texto de Maria Cheng e Jamey Keaten, da agência de notícias Associated Press , o jornal The Canadian Press mencionou que a pandemia não terminou, com “picos recentes de casos no sudeste da Ásia e no Oriente Médio”.
Além disso, o site do jornal canadense noticiou que Tedros “lamentou os danos que a covid-19 causou à comunidade global” e que a “pandemia destruiu negócios, exacerbou divisões políticas, levou à disseminação de informações erradas e mergulhou milhões na pobreza”.
Outro ponto trazido foi que “a OMS aplaudiu publicamente a China por sua suposta resposta rápida e transparente, embora as gravações de reuniões privadas obtidas pela Associated Press mostrassem que altos funcionários estavam frustrados com a falta de cooperação do país.”
Fox News, Estados Unidos
A emissora norte-americana Fox News também usou texto da Associated Press e relembrou os elogios públicos da OMS à China enquanto a imprensa mostrava que funcionários da instituição estavam descontentes com a falta de cooperação chinesa.
Em outro texto publicado nesta sexta-feira, 5, a Fox News falou das contradições do ex-assessor médico-chefe da Casa Branca, Dr. Anthony Fauci, e do chefe do Sindicato dos Professores, Randi Weingarten.
Para a Fox, os profissionais “estão tentando furiosamente reescrever a história sobre seu papel na promoção dos desastrosos lockdowns escolares, que paralisaram os Estados Unidos durante a pandemia da covid-19 e deixaram uma geração de crianças para trás”.
“Mostre-me uma escola que fechei e mostre-me uma fábrica que fechei. Nunca. Nunca fechei”, disse Fauci. Weingarten, por sua vez, disse que “queríamos estar na escola. Eu disse isso várias vezes”.
A emissora rebateu os dois: “Mas a história mostra que Fauci e Weingarten pressionaram veementemente pelos lockdowns e restrições da covid-19, que levaram ao fechamento prolongado de escolas em todo o país.”
A vacina era cilada
Algum dia, num futuro distante, irão contar a verdade por trás da Covid-19. Eu espero não estar vivo para ler, ver e ouvir, sobre o papel de idiotas que fizemos, diante do terror que nossos governantes fizeram, ao trancafiar o trabalhador em casa, enquanto faziam a festa da “coisaloka” em seus palácios luxuosos e em suas torres de mármore. Se banhando no sangue inocente dos mais humildes e, pouco instruídos.