Na manhã desta sexta-feira, 12, o papa Francisco e a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, participaram da terceira edição dos “Estados Gerais da Natalidade”. O evento, que recebeu o título de “SOS-Tenere#quota500mila”, teve início na quinta-feira 11, no Auditorium della Conciliazione, em Roma. O propósito da iniciativa é combater o “inverno demográfico” na Itália, o declínio das taxas de natalidade no país.
Os “Estados Gerais da Natalidade” querem incentivar pelo menos 500 mil novos nascimentos anuais, a fim de combater o declínio demográfico. Em diversas ocasiões, o papa Francisco chamou a situação de “inverno demográfico”, salientando a realidade negativa da falta de filhos nos casamentos. Segundo as prospecções demográficas, a Itália corre o risco de perder 11 milhões de pessoas nos próximos anos. Segundo o Vatican News, o presidente da República da Itália, Sergio Mattarella, afirmou que “as instituições são responsáveis pela implementação de políticas ativas”.
Presidente da Itália fala sobre facilitar a parentalidade
Segundo Mattarella, é preciso “permitir que os jovens casais realizem o seu projeto de vida, superando as dificuldades de caráter material e de acesso a serviços que tornam árduo o caminho da parentalidade”. O presidente do ISTAT (o Instituto Nacional de Estatística da Itália), Giancarlo Blangiardo, também se manifestou: “Há alguns anos, a Itália tem sido um país com mais mortes do que nascimentos: os números mais recentes são de 713 mil mortes, em comparação com os 393 mil nascimentos. Um grande país que está começando a perder população. As previsões para os próximos anos são de que os 59 milhões de italianos de hoje cairão para míseros 48 milhões, ou seja, 11 milhões de pessoas desaparecerão”.
Não se trata de “orientação política”
Depois do papa, Gianluigi De Palo, presidente da Fundação para a Natalidade, disse: “Não se trata de uma questão de valores ou orientação política, mas do que acontece no presente e do que acontecerá no futuro com todos nós, sem excluir ninguém. Um número acima de tudo: estamos no recorde negativo de 339 mil nascimentos, contra 700 mil mortes. Se algo não mudar, tudo entrará em colapso em alguns anos”. Segundo os dados oficiais, a escola italiana já sofre os efeitos negativos do “inverno demográfico”: no próximo ano letivo, haverá 110 mil alunos a menos, e em dez anos a população estudantil poderá passar dos atuais 7,4 milhões para 6 milhões.
Mulheres: trabalho X maternidade
Os trabalhadores italianos vivem um dilema: 33% deles gostariam de ampliar a sua família, no entanto frequentemente é difícil conciliar o tempo exigido pelo trabalho com o tempo dedicado ao núcleo familiar. Ainda durante o evento, Eugenia Roccella, ministra da Família, disse: “Há uma necessidade primordial de conciliar o trabalho feminino com a maternidade, porque todas as pesquisas concordam que as mulheres italianas querem ter filhos, principalmente dois. Se esse desejo não for realizado, porque elas não têm nenhum ou têm um e já é tarde, é porque elas sentem que estão diante da alternativa entre a realização profissional e o fato de se tornarem mães”.
Enquanto isso, imigrantes do oriente médio têm no mínimo 4 filhos e isso está ocorrendo na França, Inglaterra e outros países, tendo dito isso, já se pode ter uma ideia do que vem pela frente. O Brasil não está diferente, não vai demorar pra estar passando por isso.
O político globalista Bergoglio disse o que? E ele pretende o que com isso? Justificar que ainda mais gente de culturas completamente incompatíveis com os valores ocidentais ou do próprio catolicismo migrem pra dentro dos países europeus, ainda mais contando com a disparidade de Gênero (muitos homens e poucas mulheres)? O ginocentrismo é o principal fator que está fazendo as taxas de natalidade desabarem, mulheres só estão pensando nelas, nem casamentos estão acontecendo, quanto mais nascimentos.
Uma Grande substituição que seria muito bem vinda é trocarem o posto dele por um teólogo que foque no catolicismo e não se meta com política e muito menos ache que fala em nome de todos os europeus e euro-descendentes como o Chico Bergoglio faz.
Não é só um problema italiano, mas de boa parte da Europa.
O incentivo à natalidade deve começar no auxílio das mães para conciliarem o trabalho com a vida dos filhos. Obvio.
Mas como fazer isto sem que elas percam a oportunidade de crescimento profissional ? A licença maternidade é inversamente proporcional ao sucesso empresarial.
Já existem países onde esta licença é dividida entre pai e mãe. Bem mais justo, não é ?
Ótima observação, Christian!
Diria que o incentivo a natalidade deve começar com a educação de homens que busquem ter condições de manter mulher e ao menos um filho, daí se torna opcional a mulher escolher o que quer nesse caso.