Familiares de vítimas do Titanic se manifestaram depois da tragédia com um submarino que implodiu durante uma visita aos destroços do transatlântico, que afundou em 1912.
Ao site britânico The Daily Beast, parentes classificaram os passeios aos restos do navio como “nojentos e desrespeitosos”. Para eles, o local tem de ser considerado um cemitério, e não uma “Disneylândia”.
“Os que afundaram com o Titanic tiveram um desfecho terrivelmente trágico”, disse John Locascio, de 69 anos, cujos tios, Alberto e Sebastiano Peracchio, faleceram na embarcação. Ambos eram garçons e serviam passageiros da primeira classe. “O que as pessoas querem olhar lá?”
Locascio fez um apelo às empresas que oferecem esse tipo de serviço. “Não faz sentido correr perigo para ver um túmulo”, constatou. “Você gostaria de desenterrar seus tios ou tias para ver o que restou deles?”
Sean Maher é bisneto de James Kelly, passageiro morto no Titanic. Ele disse que as pessoas no submarino da OceanGate “não deveriam ter estado lá, em primeiro lugar”. “Devemos deixar aquelas pessoas lá embaixo ficarem em paz”, pediu.
Submarino implodido durante visita ao Titanic
O submarino Titan, da norte-americana OceanGate, partiu da costa leste do Canadá na manhã do domingo 18 rumo aos destroços do Titanic. Esse tipo de expedição era comercializado pela empresa no decorrer dos últimos anos. O veículo deveria voltar à superfície no fim da tarde, o que não ocorreu. A partir de então, as buscas tiveram início.
A viagem desta semana contava com cinco tripulantes. Quatro deles, segundo informações da imprensa dos Estados Unidos, pagaram cerca de US$ 250 mil (cerca de R$ 1,1 milhão, na cotação atual) para a experiência: o bilionário britânico Hamish Harding, o bilionário paquistanês paquistanês Shahzada Dawood, o também paquistanês Sulaiman Dawood (filho de Shahzada) e o pesquisador francês Paul-Henry Nargeolet (considerado o maior estudioso sobre o naufrágio do Titanic).
Fundador e presidente da OceanGate, o empresário Stockton Rush completava a tripulação do submarino que sumiu no Oceano Atlântico.
Então esses passeios eram comuns desde o ano passado? O que teria dado errado então?
Até que enfim pessoas sensatas. Esses bilionários que morreram deviam ter algum vazio existencial para ficar caçando esse tipo de aventura. Agora as famílias ficam com as heranças e espero que façam melhor proveito do que esse tipo de idiotice.