Nesta quarta-feira, 17, o Partido Democrata informou que planeja acelerar a votação virtual para oficializar Joe Biden como candidato à Presidência dos Estados Unidos. A oficialização ocorrerá antes de 7 de agosto, prazo limite de inscrição em Ohio, Estado norte-americano.
A decisão foi tomada depois de o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump ter sido confirmado como candidato do Partido Republicano. Normalmente, a formalização de Biden ocorreria na Convenção Nacional Democrata, agendada para 19 a 22 de agosto. O evento deve ocorrer em Chicago.
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De acordo com a agência Associated Press, o comitê de regras da convenção democrata se reunirá na sexta-feira 19 para discutir e finalizar os planos de votação virtual. O Democrata confirmou a informação em carta assinada pelos co-presidentes Leah D. Daughtry e Tim Walz.
“Não implementaremos um processo de votação virtual apressado”, escreveram os democratas. “Embora comecemos nossa importante consideração de como um processo de votação virtual funcionaria.”
Em maio, o Democrata anunciou uma chamada de votos antecipada para garantir que Biden se qualificasse para a cédula em Ohio. A campanha do presidente norte-americano insiste que o partido deve operar sob as regras iniciais do Estado.
Confirmação de Joe Biden preocupa democratas
Três políticos democratas da Câmara, Susan Wild, Mike Quigley e Jared Huffman, expressaram preocupação com a rápida nomeação de Biden. Eles alegam que medida “poderia profundamente minar a moral e a unidade dos democratas”.
Trump foi oficializado como candidato republicano na segunda-feira 15, durante a Convenção Nacional Republicana em Milwaukee, no Estado de Wisconsin. Ele indicou o senador J.D. Vance como vice.
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Uma pesquisa do Centro de Pesquisa AP-NORC, realizada antes do atentado contra Trump, mostra que 65% dos eleitores democratas desejam que Biden desista da candidatura. A pesquisa de intenção de voto pelo Instituto Ipsos mostra Biden e Trump tecnicamente empatados, com 41% e 43%, respectivamente, e uma margem de erro de 3 pontos percentuais.
Outra pesquisa revela que quatro em cada cinco norte-americanos temem que os EUA estejam fora de controle depois do atentado contra Trump. Além disso, 65% dos republicanos acreditam que Trump é favorecido pelo poder divino.