O Departamento de Defesa dos Estados Unidos firmou um acordo com mais de 30 mil veteranos dispensados por sua orientação sexual. Apresentado à Justiça na última segunda-feira, 6, o acordo do Pentágono ainda aguarda aprovação judicial.
Segundo o jornal The New York Times, em 2023, grupos de direitos civis moveram uma ação coletiva para dizer que o Pentágono não remediou a “discriminação persistente”, mesmo depois da revogação da política militar “não pergunte, não conte”, em 2011.
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A política impedia militares LGBT de servirem abertamente. Os veteranos que se assumiam recebiam dispensas não honrosas, que retira benefícios, como assistência médica em hospitais para veteranos, benefícios educacionais e acesso a redes de emprego.
Nos últimos anos, o governo de Joe Biden tomou medidas para tentar restaurar esses benefícios e melhorar as condições para veteranos LGBT. O novo acordo visa a simplificar ainda mais o processo de revisão das dispensas.
Pentágono dispensa veterana da Marinha
Sherrill Farrell, veterana da Marinha e autora da ação, compartilhou sua experiência ao saber do acordo. Sherrill, que é lésbica, foi expulsa depois de ser denunciada por sua orientação sexual dez meses depois de se alistar, em 1985.
“Não era sobre o dinheiro”, disse a militar. “Era sobre decência e tratar as pessoas de forma justa.”
Sherrill disse que sonhava seguir os passos de seu pai e avô nas Forças Armadas, mas teve seus planos destruídos. Muitos veteranos desconhecem as possibilidades de corrigir suas documentações de dispensa.
Alguns, como Sherrill, não buscaram seus direitos por causa da vergonha e do estigma associados às suas dispensas. Depois da apresentação inicial da ação, em agosto de 2023, o Departamento de Defesa iniciou uma revisão sistemática das dispensas emitidas durante a era da política “não pergunte, não conte”.
Em outubro, mais de 800 dispensas foram revisadas e alteradas para honrosas.
Essa discriminação é vergonhosa em qualquer país. Subestima pessoas à posição de cidadania de segunda classe.