O Peru declarou estado de emergência na capital Lima e em três outras regiões, enquanto os protestos contra a presidente Dina Boluarte se espalham pelo país.
Quase 50 pessoas morreram durante os distúrbios desencadeados pela deposição e prisão do ex-presidente esquerdista Pedro Castillo no início de dezembro, depois que ele tentou fechar o Congresso antes da votação de seu impeachment.
O estado de emergência, que vai durar 30 dias, confere aos militares poderes para restabelecer a ordem e limita os direitos de circulação e reunião. O porto de Callao, nos arredores de Lima, e as Províncias de Puno e Cusco, no sul, também estão cobertos pelas medidas anunciadas na noite de sábado 14.
Tentando conter o descontentamento, Boluarte — que foi vice-presidente de Castillo e vem do mesmo partido de esquerda — já havia prometido antecipar as eleições de 2026 para abril de 2024. Ela perdeu vários ministros esta semana devido às consequências da violência.
Na sexta-feira 13, ela se desculpou pelo derramamento de sangue durante os protestos, mas rejeitou os pedidos dos manifestantes por sua renúncia. “Algumas vozes de facções violentas e radicais estão pedindo minha renúncia e levando a população ao caos, desordem e destruição”, disse ela em um discurso televisionado. “Não vou renunciar. Meu compromisso é com o Peru.”
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Não ficou claro para mim, a posição dos manifestantes. Seria possível maiores esclarecimentos?