Um produto químico que atua como desregulador hormonal está presente em quase todos os corpos dos europeus, o que representa um risco significativo à saúde. O produto, conhecido como bisfenol A (BPA) é utilizado nas embalagens de alimentos. Os riscos potencias à saúde dos habitantes da Europa foi divulgado na quinta-feira 14, pela Agência Europeia do Ambiente (AEA).
Em um relatório divulgado à imprensa, a agência declarou: “Uma recente iniciativa de investigação do Horizonte 2020, HBM4EU, mediu substâncias químicas no corpo de pessoas na Europa e detectou BPA na urina de 92% dos participantes adultos de 11 países europeus”.
Sediada em Copenhague, Dinamarca, a AEA afirmou que o percentual de adultos que excede os níveis máximos recomendados variou entre 71% e 100% nos 11 países estudados, referindo-se aos níveis definidos pela Agência Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) numa revisão realizada em abril.
Material presente em mamadeiras
O BPA, que já foi usado na fabricação de mamadeiras até ser proibido na Europa, nos EUA e também em outros países há uma década, ainda é aplicado na fabricação de plástico para algumas embalagens de alimentos e bebidas. Isso significa que a maioria das pessoas está potencialmente exposta a ele enquanto consome bebidas e alimentos.
A investigação sugeriu às autoridades que a substância está ligada a uma série de distúrbios de saúde ligados à perturbação hormonal, como o câncer de mama e a infertilidade. Até o momento, a França é o único país que proibiu totalmente o BPA.
Discordância entre as agências
As agências de saúde, porém, divergem sobre a quantidade diária tolerável de BPA — o desregulador hormonal — que pode ser consumida ao longo da vida sem, contudo, representar risco à saúde humana. A Agência Europeia de Medicamentos, entidade responsável pela aprovação de medicamentos no continente, contestou os novos níveis máximos recomendados da EFSA.
Ao criticar a metodologia da EFSA, a entidade sugeriu que a agência foi demasiado precipitada “dado que uma ligação causal não foi demonstrada num estudo em animais ou humanos”. Porém, a AEA concluiu que a exposição das pessoas à substância BPA “está bem acima dos níveis aceitáveis de segurança para a saúde, de acordo com os dados de investigação atualizados. Isso representa um risco potencial à saúde de milhões de pessoas”.
Procedente comentário.
Embora o estado da arte dessa pesquisa indique uma grande possibilidade, isso significa exatamente que apenas indica. O que mais estará envolvido nos hábitos do velho mundo que possa influir para desregular tal hormônio?
É importante a noção de que as ciências não sociais, não tratam apenas de modelos probabilísticos, mas de comprovações empíricas, acima de tudo.
O informante quando não preenche totalmente o contexto das informações conhecidas, embora todos reconhecendo informações de uma janela no tempo, deixa o indivíduo especular de acordo com seu grau de conhecimento, experiência e, por vezes, sob efeito de viés de terceiros tendenciosos.
Em 2018 as agências internacionais de saúde indicavam a possibilidade de uma epidemia. Erraram feio, veio uma pandemia que ceifou 8 milhões de vidas. Nem toda fumaça é seguida de fogo mas, no mínimo, INDICA essa possibilidade e essa possibilidade nos cobra medidas investigativas mais apuradas e ações, uma vez constatado o risco real, mais efetivas e menos sofismáticas.
Prezado Marcos Sleiman Molina, me perdoe, mas requerer trazer a matéria o mais completa possível, com dados contextualizados dentro da gravidade e severidade do(s) problema(s) provocado(s) por evento(s) que perturbe a vida no Planeta, pode ser tudo, menos sofisma.
No mundo real, tratamos os fatos reais, muitos gostem ou não, os fatos e dados tão abrangentes quanto possíveis e inferências tão holisticamente quanto necessárias.
O resto é o mundo das possiblidades, das ilações, da probabilidade, da estatística, quiça da métrica sob lógica modal que, caso não bem assentada, nos traz o risco de que todos os problemas causados não serem tratados com o devido rigor e respeito.
A matéria expõe algo com um fato, se baseando em informações de terceiros, mas não traz como e por que a substância presente nos plásticos se desprende deles, por que meios chega ao nosso organismo, e se, ou como, poderia ser neutralizada.
Boa. Tem que ter muito cuidado hoje com a guerra de informações.