Em 2006, a União Astronômica Internacional (IAU) reclassificou Plutão como um planeta anão, mudando a definição científica do astro. Agora, quase duas décadas depois, pesquisadores propõem novos critérios para definir planetas. Eles planejam apresentar a proposta na assembleia geral da IAU, que será realizada de 6 a 15 de agosto, na África do Sul.
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Conforme o estudo publicado no portal de artigos científicos arXiv, já aceito pela revista Planetary Science Journal, algumas mudanças podem refinar a definição atual.
Um planeta deve ser restrito a corpos que orbitam o Sol (ou não mais)
O artigo, liderado por Jean-Luc Margot, professor da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, sugere que planetas não devem ser restritos a corpos que orbitam o Sol.
Atualmente, objetos cósmicos semelhantes a planetas, mas que não orbitam o Sol, são chamados de exoplanetas. Os cientistas acreditam que muitos desses exoplanetas são, na verdade, planetas.
A definição atual, estabelecida pela IAU em 2006, exige que um planeta orbite o Sol, tenha massa suficiente para ser quase esférico e limpe sua órbita de outros corpos grandes. Além disso, o estudo recente afirma que a característica de “limpar a órbita” é simplista e propõe melhores critérios para definir planetas.
Novas propostas dos cientistas
As novas propostas incluem a necessidade de que o planeta orbite uma ou mais estrelas. Cientistas acreditam que essas mudanças podem evitar erros teóricos na identificação de objetos cósmicos.
“Ter definições ancoradas na quantidade mais facilmente mensurável — massa — elimina argumentos sobre se um objeto específico atende ou não ao critério”, afirmou Brett Gladman, coautor do artigo e associado da Universidade da Colúmbia Britânica. “Esta é uma fraqueza da definição atual.”
Plutão, que foi reclassificado em 2006 por não “limpar” sua órbita, não seria reclassificado como planeta sob os novos critérios por causa do limite mínimo de massa necessário para limpar a órbita.