Maria Branyas Morera, que era a pessoa mais velha do mundo, morreu nesta terça-feira, 20, aos 117 anos, na Espanha. Nascida em 4 de março de 1907 em São Francisco, nos Estados Unidos, Branyas foi reconhecida oficialmente pelo Guinness World Records como a pessoa mais velha do mundo em janeiro de 2023.
Sua família anunciou a morte nas redes sociais: “Maria Branyas nos deixou. Ela morreu como desejava: enquanto dormia, de forma tranquila e sem dor”. Eles também destacaram: “Sempre a lembraremos por seus conselhos e sua bondade”. Branyas viveu as últimas duas décadas na casa de repouso Santa Maria del Tura, em Olot, Espanha.
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Em uma postagem na terça-feira, Maria Branyas havia alertado que se sentia “fraca”. “O tempo está perto”, escreveu. “Não chorem, não gosto de lágrimas. E, acima de tudo, não sofram por mim. Onde quer que eu vá, estarei feliz.”
Depois do falecimento de Branyas, a japonesa Tomiko Itooka, nascida em 23 de maio de 1908, é agora a pessoa mais velha viva, com 116 anos, segundo o US Gerontology Research Group.
A resiliência de Maria Branyas
Maria Branyas viveu momentos históricos significativos, incluindo a gripe de 1918, as duas Guerras Mundiais e a Guerra Civil Espanhola. Em 2020, contraiu covid-19, pouco depois de seu 113º aniversário, mas se recuperou completamente.
Sua filha Rosa Moret atribuiu a longevidade da mãe à “genética”. Em 2023, Moret declarou à televisão regional catalã que ela “nunca” tinha ido ao hospital, “nunca quebrou nenhum osso, está bem, não sente dor”.
Nascida em São Francisco, Branyas mudou-se para os EUA com a família, que retornou à Espanha em 1915. Durante a viagem, seu pai faleceu de tuberculose. Em Barcelona, Branyas casou-se com um médico em 1931 e teve três filhos, 11 netos e numerosos bisnetos.
Manel Esteller, pesquisador da Universidade de Barcelona, estudou o DNA de Branyas e comentou ao jornal espanhol ABC em outubro de 2023: “Sua mente está completamente lúcida. Ela lembra com uma clareza impressionante episódios de quando tinha apenas 4 anos e não tem doenças cardiovasculares, o que é comum em pessoas idosas. Os únicos problemas que ela tem são de mobilidade e audição. É incrível”.
A francesa Jeanne Louise Calment, que faleceu em 1997 aos 122 anos e 164 dias, continua sendo a pessoa mais velha verificada que já viveu.