A piloto brasileira Juliana Turchetti, de 45 anos, morreu, na quarta-feira 10, nos Estados Unidos. Ela sofreu um acidente aéreo durante uma operação de combate a incêndios florestais que atingem o Estado de Montana, na região oeste do país.
Conforme comunicado do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), Juliana fazia parte da equipe que lutava contra as chamas na Floresta Nacional de Helena, no condado de Lewis e Clark.
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O acidente aconteceu por volta das 12h no horário local (15h de Brasília). Segundo o Sindag, a piloto brasileira realizava uma manobra com o avião modelo FireBoss, chamada scooping (escoamento), que consiste em recolher água de uma represa ou lago para despejá-la sobre as chamas.
De acordo com o xerife do condado local, Leo Dutton, o avião bateu em algo durante a manobra, despedaçou-se na água e afundou.
As equipes de resgate encontraram o corpo da piloto brasileira por volta das 17h local
Equipes de resgate encontraram o corpo de Juliana por volta das 17h local (20h de Brasília). O Sindag também informou que o Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA (NTSB) investiga as causas do acidente. O laudo deve confirmar se houve colisão com algum objeto, areia ou água do lago.
Juliana era natural de Contagem (MG) e possuía 6,5 mil horas de voos. Começou na aviação em 2007, como instrutora, copiloto e piloto em aviões Boeing 727 e 737. Em 2013, entrou para a aviação agrícola.
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Ela se mudou para os EUA em 2018 e se tornou a primeira brasileira a pilotar o modelo AT-802F Fire Boss, durante um treinamento na Flórida, em fevereiro deste ano.
Juliana compartilhava suas experiências em seu canal no YouTube. Segundo o Sindag, em 4 de julho, a piloto brasileira participou de uma operação de combate a incêndios florestais. Nessa operação, ela sobrevoou uma área de 340 hectares e realizou a manobra de escoamento 11 vezes.
Que exemplo de vida.