A polícia do Equador prendeu, nesta segunda-feira, 22, um dos líderes da facção criminosa Los Lobos. Segundo o Ministério Público do país, Fabrício Colón Pico Suárez e outros criminosos que escaparam da prisão com ele em janeiro foram detidos em uma casa invadida na cidade de Puerto Quito. Também foram localizados celulares e armas no local.
Fabrício Colón fugiu da prisão em que estava, em Riobamba, localizada na região central andina, em 9 de janeiro, durante um ataque do tráfico de drogas que deixou 20 mortos no país. A onda de violência fez com que o presidente do Equador, Daniel Noboa, declarasse estado de exceção.
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Fabrício Colón foi preso inicialmente em janeiro, acusado de organizar um plano para assassinar a procuradora-geral do Equador, Diana Salazar. O crime seria em retaliação a Salazar, que revelou o vínculo dos Los Lobos com políticos, juízes e organizações do Estado do Equador.
Equatorianos querem endurecer as leis
Cerca de 13,6 milhões dos 17,7 milhões de habitantes do Equador foram chamados para votar em um referendo para endurecer as leis contra o crime organizado no último domingo 21. A extradição de equatorianos, proibida pela Constituição, foi a ponta de lança do referendo e recebeu luz verde da população, de acordo com pesquisa de boca de urna.
Os equatorianos tiveram de responder “sim” ou “não” para 11 questões promovidas pelo presidente Daniel Noboa, que pretende buscar a reeleição em fevereiro do ano que vem. Este referendo “definirá o rumo e a política de Estado que tomaremos para poder enfrentar o desafio do combate à violência e ao crime organizado”, afirmou Noboa.
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A opção a favor da extradição recebeu 72% de apoio, enquanto o “não” teve 25% do total de votos, entre brancos e nulos, segundo pesquisa da empresa Infinity Estrategas, contratada pelo governo e transmitida ao vivo pelo canal Teleamazonas.
O referendo ainda perguntou sobre a ampliação das funções dos militares no combate ao crime, o aumento das penas para crimes como o tráfico de drogas, a instalação de um sistema de tribunais especializados em questões constitucionais e a eliminação de benefícios prisionais para os condenados por crimes como o tráfico de drogas. Todas essas questões tiveram o apoio da maioria, segundo a estimativa.
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A pesquisa realizada pela Infinity Estrategas estimou que a pergunta sobre permitir arbitragens internacionais em qualquer jurisdição obteve 60% dos votos válidos contra e 40% a favor, enquanto a questão de flexibilizar a contratação trabalhista registrou 66% dos votos contra e 34% a favor.
O restante das perguntas obteve apoio favorável entre 70% e 82% dos votos, enquanto o voto “não” para as outras nove perguntas variou entre 18% e 29%. A pergunta com mais apoio, próximo de 82%, foi aquela que propôs que as Forças Armadas apoiem a polícia de forma permanente em operações contra o crime organizado, sem a necessidade de decretar estados de exceção para esse fim.
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