O Secretário de Estado de Donald Trump, Marco Rubio, anunciou nesta sexta-feira, 21, que a ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner está proibida de entrar nos Estados Unidos (EUA). O motivo é principalmente o “envolvimento em corrupção significativa durante seu período em cargo público”.
Em nota publicada no site da Embaixada norte-americana em Buenos Aires, o governo afirma que “CFK [Cristina Elisabet Fernández de Kirchner] e De Vido [Julio Miguel De Vido, ex-ministro de Planejamento] abusaram de suas posições ao orquestrar e se beneficiar financeiramente de múltiplos esquemas de suborno envolvendo contratos de obras públicas, resultando em milhões de dólares roubados do governo argentino”
Kirchner minou a confiança do povo, dizem EUA
Do mesmo modo, o documento acrescenta: “Vários tribunais condenaram CFK e De Vido por corrupção, minando a confiança do povo argentino e dos investidores no futuro da Argentina”. A decisão se estende a De Vido e aos filhos de Cristina, Máximo e Florencia Kirchner, conforme noticia a imprensa argentina.

No comunicado, Rubio afirma, sobretudo, que os EUA “continuarão a promover a responsabilização daqueles que abusam do poder público para ganho pessoal. Essas designações reafirmam nosso compromisso de combater a corrupção global, inclusive nos níveis mais altos do governo”.
Depois da divulgação da nota, Cristina Kirchner usou o seu perfil no Twitter X para atacar Trump e Milei. Conforme a ex-presidente, as sanções contra ela e seus filhos resultam de solicitações diretas de Milei. Cristina Kirchner responde por corrupção, juntamente com De Vido, em pelo menos um processo. Ela foi condenada a seis anos de prisão em duas instâncias, mas recorre na Suprema Corte.
O atual presidente da Argentina, Javier Milei, é adversário político de Kirchner e próximo ao governo Trump. Em novembro de 2024, Milei foi o primeiro líder estrangeiro a se encontrar com Trump depois da sua vitória nas eleições presidenciais.
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