A empresa portuguesa Centre for Food Education e Research (CFER) está desenvolvendo um ‘ovo’ 100% vegetal que promete imitar o ovo de galinha.
“Imita o ovo, no seu sabor, no seu aroma, na sua nutrição”, disse à agência Lusa Daniel Abegão, administrador e responsável técnico do CFER. “Conseguimos criar um produto 100% a partir de extratos vegetais, que faz ovos mexidos deliciosos, faz boas omeletes e tem utilização em padaria e pastelaria.”
O produto é feito à base de soja. Segundo Abegão, a planta possui “propriedades físico-químicas que permitem substituir o ovo e imitá-lo, também em termos da sua forma de confecção”.
Cinco anos de pesquisa
De acordo com o desenvolvedor, a novidade “permite dar ao consumidor final, seja vegetariano ou apenas adepto de uma alimentação mais saudável e mais sustentável, um produto semelhante ao ovo e que não vai, de certeza absoluta, deixar saudades do ovo original da galinha”, garante o investigador.
O ovo vegetal deve chegar ao mercado antes do próximo semestre, depois de mais de cinco anos de pesquisa. Segundo a CFER, já existem interessados em adquirir o item na Europa, na África e nos EUA e Brasil. Com oito funcionários focados em desenvolvimento, a empresa faz produção com parceiros.
“Estamos, neste momento, a terminando a implementação industrial do projeto e estudando os últimos detalhes técnicos, para o lançarmos muito em breve no mercado nacional e internacional”, relatou.
Outras opções
A companhia tem um mix de produtos mais amplos. São “bebidas saudáveis, molhos saudáveis, refeições prontas mais saudáveis, iogurtes, laticínios, queijos e também suplementos alimentares”, disse Abegão. “A nossa empresa desenvolve sempre da perspectiva de alimentação saudável, de forma que o consumidor possa ter acesso a um produto cada vez com maior valor acrescentado”.
Clientes em vários países fazem parte do histórico de contratos da CFER. São parceiros em nações europeias, como Espanha, França, Alemanha, Irlanda e Suécia; africanas como Angola, Cabo Verde e Senegal; e americanas, como Estados Unidos e Brasil.
Soja, estou fora.
Diferentemente das pessoas que comentaram antes de mim, eu vejo essa pesquisa de uma forma muito positiva. Se a tecnologia conseguir oferecer alimentos mais baratos e menos agressivos à saúde humana isso não deve ser comemorado? Não lutamos todos juntos para minimizar a fome no mundo? Ora, se mais empresas conseguirem fabricar alimentos que simulem a carne e os demais derivados de animais e isso seja mais competitivo e seguro para a alimentação, representaria um enorme avanço para a produtividade e o consumo das pessoas.
Alimentação de laboratório “saudável”?
Toda vez que ouço baboseiras do tipo “vegetariano ou apenas adepto de uma alimentação mais saudável e mais sustentável”, sinto daqui o forte bafo da hipocrisia daqueles que protegem os ovos da tartaruga – e da galinha – mas não hesitam em defender o assassinato de crianças no ventre da mãe.
Carne de soja, leite de soja, ovo de soja… Tem mais algo derivado de soja além daquele óleo para uso culinário também?
Minhas opções: Carne de porco ou de boi, leite de vaca ou de cabra, ovo de galinha, de preferência caipira e banha de porco.
Deixem esses produtos sintéticos para esses… que definição podemos dar a esses consumidores?