O assassinato do prefeito José Sánchez, da cidade de Camilo Ponce Enríquez, na Província de Azuay, sul do Equador, foi atribuído à facção criminosa Los Lobos. O político foi morto a tiros nesta quarta-feira, 17.
Sánchez, que já havia sobrevivido a um atentado anterior, foi alvo de criminosos ligados à mineração ilegal. Com denúncias de violência e extorsão, a gangue Los Lobos atua no setor, sobretudo no sul equatoriano — região onde fica Camilo Ponce Enríquez.
De acordo com informações do portal equatoriano Código Vidrio, Los Lobos controlam cerca de 20 minas de ouro ilegais na região da cidade em que Sánchez era prefeito.
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A exploração ilegal de ouro, juntamente com outras atividades como o contrabando de madeira e a pesca não autorizada, representa uma fonte de financiamento para o crime organizado no Equador. A Los Lobos é uma das principais facções que atuam no país sul-americano.
Prefeito não é o primeiro político vítima de Los Lobos no Equador
José Sánchez, que tinha 52 anos, não foi, entretanto, o primeiro político a ser morto por integrantes de Los Lobos e de outras facções criminosas. No mês passado, bandidos mataram — também a tiros — Brigitte García, então prefeita de San Vicente.
O assassinato de Sánchez ocorre em pleno período eleitoral. No próximo domingo, 21, os equatorianos vão votar um referendo proposto pelo presidente Daniel Noboa. Em votação estarão, sobretudo, medidas referentes a políticos de segurança no país.
Em 9 de agosto de 2023, o político Fernando Villavicencio, então candidato a presidente do Equador, foi assassinado com tiros na cabeça. Um dia depois, lideranças de Los Lobos reivindicaram a autoria do assassinato.
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