O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, agradeceu ao presidente da Argentina, Javier Milei, pela designação do Hamas como uma organização terrorista internacional. A declaração do premiê israelense ocorreu neste domingo, 21.
“Obrigado, Argentina”. disse Netanyahu. “Obrigado, presidente Javier Milei, por designar o Hamas como uma organização terrorista. Este é mais um sinal de sua amizade com Israel e de seu compromisso com a verdade. Obrigado, Javier.”
O gabinete de Milei divulgou a decisão do governo na sexta-feira 12, por meio de um comunicado no Twitter/X. A Casa Rosada justificou a declaração com base nos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, além de outras razões.
— Oficina del Presidente (@OPRArgentina) July 12, 2024
“Nos últimos anos, foi revelada a sua ligação [do Hamas] com a República Islâmica do Irã, cuja liderança foi considerada responsável pelos ataques contra a Embaixada de Israel em Buenos Aires e contra a AMIA [Associação Mutual Israelita Argentina] pelo Tribunal Federal de Cassação Penal em 11 de abril”, afirmou o comunicado oficial. “Estes ataques custaram a vida a mais de 100 cidadãos argentinos.”
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O governo argentino reforçou sua posição de alinhamento com a civilização ocidental e o respeito aos direitos individuais e suas instituições, declarando ser inadmissível que aqueles que atacam esses valores não sejam reconhecidos como terroristas. A nota também sublinhou a continuidade da aliança da Argentina com Israel.
Ataque do Hamas a Israel
Em outubro de 2023, o Hamas, grupo palestino que controla a Faixa de Gaza, perpetrou um ataque em território reconhecido como parte de Israel, resultando na morte de 1,2 mil pessoas e no sequestro de mais de 250 reféns, segundo autoridades israelenses.
Terrorismo contra os judeus na Argentina
A comunidade judaica sofreu dois atentados terroristas na Argentina, ambos na capital Buenos Aires. O primeiro em 1992, com a explosão de um caminhonete cheia de explosivos em frente a embaixada de Israel, deixando 25 mortos.
O segundo ocorreu em julho de 1994, com a explosão de um carro em frente ao prédio da AMIA. O veículo continha centenas de quilos de explosivos. O ato deixou 85 mortos.