O Prêmio Nobel de Física foi anunciado nesta terça-feira, 3, em Estocolmo, na Suécia, pela Academia Real de Ciências. Os premiados são: Pierre Agostini, Ferenc Krausz e Anne L’Huillier. O trio realizou “métodos experimentais que geram flashes de luz de attossegundos para o estudo da dinâmica de elétrons na matéria”.
Attossegundos é a unidade de tempo que representa 1 bilionésimo de 1 bilionésimo de segundo. De acordo com a Academia Real de Ciências, eles deram à humanidade novas ferramentas para explorar o mundo dos elétrons dentro dos átomos e moléculas.
Os três físicos demonstraram uma maneira de criar pulsos de luz extremamente curtos, que podem ser usados para medir os processos rápidos nos quais os elétrons se movem ou mudam de energia.
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“A ciência do attossegundos — explicou Eva Olsson, presidente do Comitê Nobel de Física — nos permite abordar questões fundamentais como a escala de tempo do efeito fotoelétrico pelo qual Albert Einstein recebeu o Prêmio Nobel de Física, em 1921.”
No momento, a descoberta ajudará a ciência a entender melhor o Universo. A meta é que, no futuro, as novas ferramentas levem a uma melhor eletrônica e diagnóstico de doenças.
A cerimônia de premiação acontece, tradicionalmente, no dia 10 de dezembro, data de morte do químico e inventor sueco Alfred Nobel, criador da premiação. A equipe agraciada vai receber o valor de US$ 1 milhão. O dinheiro vem do legado deixado por Nobel.
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No ano passado, o Nobel de Física foi concedido ao norte-americano John Clauster e ao austríaco Anton Zellinge. Eles desenvolveram estudos pioneiros de mecânica quântica, auxiliando, entre outros campos, a criptografia.
Conheça os três cientistas premiados
- Anne L’Huillier
Cientista da Universidade de Lund, na Suécia. Sua pesquisa foi considerada o norte para os avanços que vieram na sequencia. Ela descobriu que muitos tons diferentes de luz surgiam quando transmitia laser infravermelho através de um gás nobre.
- Pierre Agostini
Cientista da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos. Ele conseguiu produzir e investigar uma série de pulsos de luz consecutivos, em que cada pulso durou apenas 250 attossegundos.
- Ferenc Krausz
Cientista do Instituto Max Planck de Óptica Quântica, da Universidade Ludwig- Maximilins, de Munique, na Alemanha. De forma simultânea, ele trabalhou com outro tipo de experimento, que permitiu isolar um único pulso de luz com duração de 650 attossegundos.