O presidente da Bolívia, Luis Arce, foi expulso do partido Movimento ao Socialismo (MAS), com o qual venceu as eleições de 2020.
De acordo com a sigla, ele se “autoexpulsou” por não comparecer ao congresso da legenda, realizado em 3 e 4 de outubro, em Cochabamba.
Outros 28 militantes do MAS leais a Arce foram desligados do partido, incluindo o vice-presidente David Coquehuanca.
Congresso
No evento, o ex-presidente do país Evo Morales, antigo aliado e agora adversário de Arce, foi confirmado como líder do MAS e candidato nas primárias do partido, que serão disputadas em dezembro. A Bolívia realiza eleições presidenciais em 2025.
Em seu perfil na plataforma X (antigo Twitter), Morales lamentou a decisão de “alguns irmãos que se excluíram e não compareceram ao histórico” congresso.
“Aqueles que não aceitam os estatutos, não contribuem ou permitem contribuições e não respeitam a convocação deste congresso legal e legitimamente supervisionado pelo Tribunal Supremo Eleitoral, não podem ser chamados de militantes”, comentou o ex-presidente.
Arce já havia se afastado poucos dias antes do congresso da sigla, alegando que as organizações sociais não estavam representadas.
“Não podemos ir a uma casa onde não vão estar seus verdadeiros donos, as organizações sociais”, ressaltou o atual presidente boliviano.
Durante seu congresso, o MAS alterou os estatutos para que apenas militantes com dez anos de partido possam se candidatar. Arce não cumpre essa exigência. A Justiça eleitoral deve ratificar ou invalidar as decisões do partido.
Rivalidade
Morales, que governou o país entre 2006 e 2019, estava disputando com Arce a liderança do partido.
A rivalidade entre os dois acentuou a divisão do MAS no último ano, depois de críticas de Morales ao governo por sua suposta traição, corrupção e tolerância com o narcotráfico.
Depois de uma tentativa frustrada de se reeleger em 2019, quando completou 14 anos de mandato, Morales impulsionou a chegada ao poder de Arce, que ainda não anunciou se tentará a reeleição.
Arce e Morales se distanciaram ao longo do tempo. O ex-presidente e os ministros de Arce continuam trocando ataques.
Ao anunciar que pretendia se candidatar à Presidência, Morales falou que o objetivo da atual gestão é entregar a Bolívia aos Estados Unidos.
Desaprovação na Bolívia
Sem a origem indígena e o carisma do ex-presidente, Arce conseguiu fortalecer sua liderança entre as bases sociais e sindicais por meio da concessão de incentivos.
De acordo com uma pesquisa da empresa privada Diagnosis, a desaprovação do presidente chega a 50%.
Mesmo assim, no partido é tido como certo que Arce tentará a reeleição por conta da oposição enfraquecida e a rejeição que Morales desperta em setores econômicos.
Morales foi o Cancro para a Bolívia.
A Bolívia não merece de novo este Morales. Será que vai acontecer o que aconteceu por aqui? Colocaram o maior corrupto no governo de novo e aí está o que vemos no dia a dia da nação.
Políticos deste naipe – Morales ,Lula, Kirchiner, etc deveriam terem sido expurgados da vida política de seus paises, que pena tudo de novo o atraso.