A deputada Nancy Pelosi, atual presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, foi proibida de receber a comunhão em sua cidade, São Francisco, em razão do apoio público à causa do aborto. A decisão partiu do arcebispo local, Salvatore Cordileone.
Por meio de carta, o arcebispo Cordileone expressou que havia pedido a Pelosi em outras ocasiões para “rejeitar publicamente sua defesa do ‘direito’ ao aborto ou se abster de fazer alusão à sua fé católica em público e receber a Santa Comunhão”. Caso contrário, continua o religioso, a política do Partido Democrata seria excluída do acesso ao sacramento.
“Como você não rechaçou publicamente sua posição sobre o aborto e continua se referindo à sua fé católica para justificar sua posição e recebendo a Santa Comunhão, chegou a hora”, escreveu o arcebispo, em comunicado público.
“Estou, portanto, notificando que você não pode se apresentar à Santa Comunhão e que, se o fizer, não será admitida para recebê-la, até que repudie publicamente sua defesa da legitimidade do aborto e confesse e receba absolvição desse grave pecado no sacramento da Penitência.”
A Comunhão — rito no qual os fiéis comem pão e vinho consagrados por um sacerdote — é um ato central do dogma da Igreja Católica.
Revisão do aborto nos EUA
A Suprema Corte admitiu que analisa rever a decisão sobre o aborto, em vigor nos Estados Unidos desde 1973. A expectativa é que a legalidade da prática passe a ficar sob responsabilidade dos Estados. Atualmente, a interrupção da gravidez é um direito constitucional.
A possibilidade de revisão da legislação do aborto gerou uma onda de manifestações de rua pelo país, tanto de ativistas contra a prática como aqueles a favor. Em paralelo, centros de apoio à gravidez foram alvos de atentados nas últimas semanas.
A Suprema Corte dos Estados Unidos tem, desde 2020, maioria conservadora em sua composição, com seis juízes, contra três de viés liberal ou progressista. Hoje, pelo menos oito Estados têm leis proibitivas que podem ser implementadas se a Justiça autorizar.
Parabéns ao religioso americano.
Pena que por aqui a CNBB, em seu manifesto sobre as eleições, não falou uma palavra sequer sobre o aborto, deixando de ordenar a seus fiéis – entre os quais me incluo-para não votarem em quem defende a interrupção voluntária da gravidez.
Por que será ?
Palpite meu: se assim o fizesse, estariam indo contra o Luladrão, defensor público do aborto e quem tem a preferência da maioria de padres e bispos católicos.
Lá nos EUA a coisa é bem diferente, para sorte dos católicos norte-americanos…
ainda bem que é o cordileone , e nao dom corleone !