O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que não vai insistir para que Ucrânia faça parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A possível adesão do país ao grupo militar é um dos argumentos que a Rússia utilizou para justificar a invasão da Ucrânia, na semana passada.
“Não quero ser visto como o presidente que implora de joelhos para ingressar na aliança militar do Ocidente”, disse Zelensky, na terça-feira 8, em entrevista à emissora norte-americana ABC. De acordo com ele, “a Otan tem medo de tudo o que seja controverso e de um confronto com a Rússia”.
Durante a entrevista, Zelensky deu sinais de uma possível abertura a negociações com Moscou. Conforme o presidente da Ucrânia, seu governo está disponível para que um “compromisso” seja feito sobre os territórios separatistas no leste da Ucrânia, reconhecidos como independentes por Putin.
Três dias antes de invadir o território ucraniano, a Rússia considerou de forma unilateral as regiões pró-Rússia de Donetsk e Luhansk como repúblicas soberanas e independentes. Nesta quarta-feira, 9, houve um cessar-fogo para que ucranianos pudessem deixar o país por meio de corredores humanitários.
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OTAN acovardou se. Não merece o prestígio que já teve. A Rússia está vencendo a OTAN.
O melhor caminho é o da paz, mas quem vai arcar com os danos humanitários e materiais?