Depois de o Conselho de Estado do país aprovar a dissolução do Parlamento, o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou nesta quinta-feira, 4, em um pronunciamento em rede nacional de televisão, que o país terá novas eleições. O pleito foi marcado para o dia 30 de janeiro de 2022.
Como noticiado por Oeste, a antecipação das eleições acontece depois de o Parlamento ter rejeitado a proposta de Orçamento para 2022 pelo Congresso. “Em momentos como este, sempre há solução na democracia, sem drama nem medos. É preciso devolver a palavra ao povo. É a única forma de os portugueses decidirem o que querem para os próximos anos”, afirmou Rebelo de Sousa.
Ainda de acordo com o líder português, a campanha eleitoral deve começar logo depois das celebrações do Ano Novo.
Crise política
O governo do primeiro-ministro António Costa, do Partido Socialista, não conseguiu obter apoio sequer dos partidos de esquerda na votação do Orçamento. A direita também rechaçou o projeto.
No fim de semana, lideranças de diversos partidos do país se reuniram com Rebelo de Sousa e indicaram apoio à realização de novas eleições em janeiro do ano que vem. Por outro lado, muitos analistas políticos entendem que quase nenhuma força política de Portugal teria hoje condições de garantir um governo com apoio majoritário no Parlamento — uma nova eleição, portanto, não resolveria a crise.