O presidente da Assembleia da República de Portugal, Augusto Santos Silva (Partido Socialista), de 67 anos, disse, em entrevista ao portal R7, que os brasileiros são importantes para a sociedade portuguesa.
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“Não queremos roubar brasileiros do Brasil”, disse, em tom bem-humorado, ao ressaltar que “o brasileiro que vive em Portugal não é estrangeiro” na visão da sociedade.
Sobre denúncias de preconceito em relação a alguns brasileiros no país, o parlamentar nega que haja xenofobia. Admite, porém, que há hostilidades envolvendo pessoas “que tenham tarefas mais subalternas no mercado de trabalho”.
Ele também reconhece as dificuldades que muitos cidadãos, portugueses e estrangeiros, têm para pagar os altos preços de alugueis no país, problema agravado pelos salários abaixo da média da União Europeia.
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Em Portugal, o salário médio líquido é de cerca de € 1.200 (R$ 6.438 na atual cotação), menor que o de países como Itália (€ 1.740/R$ 9.336), Espanha (€ 1.910/R$ 10.248) e França (€ 2.464/R$ 13.220), e até mesmo de nações como Eslovênia e República Tcheca.
De acordo com a empresa idealista/data, que monitora os preços no país, o valor médio de um aluguel em Lisboa estava em € 21,4/m² (R$ 114,82/m²) em janeiro deste ano, o que significa que um apartamento de 35 m² pode chegar a custar € 750 (R$ 4.024).
Garantia de moradia é o principal desafio
A garantia de moradias para a classe média, prossegue o R7, hoje é o principal desafio de Portugal, segundo Santos Silva.
Ele ainda se manifestou a respeito da frustração de Portugal com o “passo para trás” na assinatura do tratado de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia, depois do aumento da resistência de produtores rurais de alguns países europeus.
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“Somos a favor do acordo, ainda não perdemos a esperança”, afirmou o político ao portal. “Infelizmente, estivemos muito perto de concluir o processo no final do ano passado. Essa pressão dos agricultores na França, Irlanda, Países Baixos e Bélgica fez voltar atrás. […] Estamos nisto há vários anos, teríamos que resolver isso agora. […] Mas esperamos que após as eleições europeias [em junho deste ano] se possa dar um novo impulso a essa fase final das negociações.”
Segundo o parlamentar, a alteração na lei para obtenção de cidadania portuguesa para os brasileiros vai facilitar para aqueles que querem obter o documento.
A mudança entrará em vigor nos próximos dias e, segundo ele, que visitou o Brasil na semana passada, é mais um passo para tornar brasileiros e outros estrangeiros que residem no país “cidadãos inteiros”.
“Queremos facilitar para aqueles que estejam residindo em Portugal, que queiram residir ou que tenham ligações com Portugal”, disse o político, que já foi ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros (2015-2022), da Defesa Nacional (2009-2011), dos Assuntos Parlamentares (2005-2009), da Cultura (2001-2002) e da Educação (2000-2001).
Tranquilo. Se quiser mesmo resolver o problema de moradia em Portugal, chama o boulos para ir lá com o seu MTST, para invadir propriedades.
Só mesmo os brasileiros que recebem bem os estrangeiros.
A Europa inteira está com uma superpopulação e um sub-empregos grande.
Tem xenofobia sim e não é pouca.