O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, venceu as eleições gerais do país, nesta terça-feira, 4. A oposição, no entanto, afirma que os eleitores enviaram um recado contundente. Isso porque o Partido Bharatiya Janata (BJP), do premiê indiano, perdeu a maioria parlamentar pela primeira vez em dez anos.
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De acordo com a Comissão Eleitoral, o BJP obteve 224 assentos e estava a caminho de conquistar mais 16. Esses números são bem inferiores aos 303 deputados obtidos em 2019. Ao todo, a Câmara Baixa tem 543 assentos.
Resultados da oposição
A oposição, liderada pelo Congresso Nacional da Índia, que já teve Nehru Gandhi e Indira Gandhi como líderes, obteve 88 cadeiras e estava prestes a conquistar mais 11.
Modi foi reeleito na cidade sagrada hindu de Varanasi e obteve 152 mil votos a mais que o segundo colocado. Esse é o terceiro mandato do primeiro-ministro, que aos 73 anos continua a promover a sua agenda nacionalista hindu.
Eleição na Índia foi conturbada
Depois de uma década com sua agenda nacionalista hindu, Modi, de 73 anos, caminha para um terceiro mandato na Índia — uma potência emergente membro do Brics, grupo econômico internacional.
A oposição conseguiu melhorar seus resultados eleitorais, apesar de enfrentar várias ações judiciais, vistas por muitos como parte da campanha política de Modi contra dissidentes.
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A organização sem fins lucrativos “Freedom House” destacou que o BJP “utilizou cada vez mais as instituições governamentais para atacar os rivais políticos”. Estima-se que mais de dois terços da população indiana pertençam às castas mais baixas do antigo sistema de estratificação social hindu.
As eleições representaram um desafio logístico no país, que inclui zonas eleitorais em megacidades como Nova Délhi e Mumbai, além de áreas florestais isoladas e a conturbada região da Caxemira, no Himalaia.
Castas mais baixas em todo lugar se proliferam mais.