O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que está disposto a conversar com a Ucrânia, com os Estados Unidos e com a Europa sobre o futuro da guerra no Leste Europeu. Ele deu a declaração nesta quarta-feira, 20.
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“Na Ucrânia, aqueles que são agressivos em relação à Rússia, e na Europa e nos Estados Unidos — eles querem negociar? Deixe-os”, afirmou Putin, em reunião do Ministério da Defesa, em Moscou. “Mas faremos isso com base em nossos interesses nacionais.”
Não foi a primeira vez que Putin admitiu a possibilidade de negociar a paz. Autoridades ocidentais, no entanto, desconfiam dessa postura.
Eles acreditam que o líder russo aguarda as eleições presidenciais nos Estados Unidos, em novembro de 2024, para tomar uma iniciativa concreta nesse sentido.
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“Não desistiremos do que é nosso”, disse o presidente russo.
Desde a invasão ordenada por Putin, a Rússia tomou quase 20% do território da Ucrânia
Cerca de 17,5% do território reconhecido como parte da Ucrânia, quando a União Soviética entrou em colapso, em 1991, é controlado pela Rússia.
A Rússia anexou a região da Crimeia em 2014. Em 2022, ano em que teve início a guerra, o Kremlin alegou que as quatro regiões tomadas dos ucranianos fazem parte da Rússia.
O governo de Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, rechaça a ideia e insiste que não desistirá até que todos os soldados russos sejam expulsos da Ucrânia.
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Na reunião, Putin afirmou que as tropas russas agora têm o controle do campo de batalha, em meio a um período de aumento da infraestrutura militar.
Ele garante que não permitirá o ingresso da Ucrânia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). “Não será aceitável para a Rússia em dez anos, nem em 20”, salientou.
Traduzindo: Rússia começa a pedir penico.