O presidente da Rússia, Vladimir Putin, respondeu ao recado do líder do grupo paramilitar Wagner, o oligarca Yevgeny Prigozhin, neste sábado, 24.
Putin prometeu “punir quem trair as Forças Armadas” e considerou a rebelião do Wagner uma “facada nas costas”.
“É um golpe para a Rússia, para o nosso povo”, disse Putin, durante um pronunciamento em cadeia nacional. “E nossas ações para defender a pátria contra tal ameaça serão duras. Todos os que deliberadamente pisaram no caminho da traição, que prepararam uma insurreição armada, que seguiram o caminho da chantagem e métodos terroristas, sofrerão punição inevitável, responderão tanto à lei quanto ao nosso povo.”
Além do tom bélico, Putin fez um apelo aos integrantes do Wagner, conclamando-os a “fazer a coisa certa” e deixar o grupo paramilitar, para se juntar aos militares russos.
Origem do Grupo Wagner, ex-aliado de Putin
Liderado pelo oligarca Yevgeny Prigozhin, próximo do governo, o Grupo Wagner — uma empresa privada russa — foi fundado em 2014. Estima-se que cerca de 20 mil mercenários façam parte da organização. A imprensa internacional fala que o crescente número de homens inclui prisioneiros, civis russos e estrangeiros.
Sob orientação não explícita do Kremlin, o grupo executou ações em conflitos e guerras civis. Uma das primeiras missões que realizou foi na península da Crimeia, quando mercenários com uniformes sem identificação ajudaram forças separatistas apoiadas pela Rússia a tomar a região, em 2014. A organização paramilitar chegou a ser alvo de sanções dos Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia.
Amigos, assistam à declaração de Prigozhin sobre “os generais que estão engordando e colecionando medalhas em suas salas de mogno”. Qualquer semelhança é mera coincidência? O mundo está mergulhando, novamente, em uma longa e tenebrosa noite.