Não preciso explicar para ninguém a minha trajetória acadêmica porque ela sempre foi pública, muito além do necessário e sem consentimento. Perseguições e ataques dentro e fora da “academia”, com amplo acompanhamento midiático de assuntos internos e altamente reservados por sigilo de “justiça”, entre outros, foram a praxe. Tudo praticado com amplo apoio ou da conivência de todas as autoridades. Afinal, sufocar uma voz dissidente do sistema corrupto e não avaliar ou ponderar nada que foi dito, apresentado e provado faz parte das atividades dos que almejam ser, ou já são, integrantes do sistema bestial que se forma, intensificando-se a cada dia. Se estes agentes, corpos da besta, entendessem profundamente “Ap.19:20” já teriam se arrependido.
Contudo, o pior foi observar alguns dizerem que fiz tudo isto por promoção pessoal, como se masoquismo, aniquilação e autoflagelo fossem o meu desejo. Se soubessem o significado de dois pesos e duas medidas, aplicados constantemente neste caso, entenderiam o verdadeiro significado de Justiça. Mas vamos ao que interessa, porque do assunto anterior, o caso foi apresentado pormenorizado e altamente detalhado em todos os seus meandros e anexos ao maior de todos os tribunais: o da Justiça de Deus.
Em setembro de 2023, no meio de tanto alarde, sobre “secas”, calor e incêndios durante o período de estiagem que ocorreu por vastas áreas do Brasil, onde o clima e sua distribuição de chuvas é regido pela Zona de Convergência Intertropical no Norte e em parte do Nordeste, da presença de um braço do anticiclone semipermanente do Atlântico Sul e a chegada, ou não, de sistemas frontais, um assunto passou batido, mas será retomado aqui com excelência, como sempre deve ser.
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Trata-se de artigo publicado por Patrick T. Brown, no The Free Press, intitulado “Eu deixei de fora toda a verdade para publicar meu artigo sobre mudanças climáticas”. Segundo seu currículo, Brown é Ph.D. em ciências da Terra e do clima pela Duke University, mestre pela San Jose State em meteorologia e ciências climáticas e tem bacharel em ciências atmosféricas e oceânicas pela Universidade de Wisconsin. Trabalhou em pesquisas na Carnegie Institution, no National Oceanic and Atmospheric Administration e na Nasa, a agência aeroespacial dos Estados Unidos.
Brown é professor adjunto na Universidade Johns Hopkins no programa de política energética e clima. Atualmente é codiretor de clima e energia do centro privado The Breakthrough Institute. Dentro do espectro aquecimentistas versus céticos, ele faz parte do primeiro grupo declaradamente, pondo sua fé total que existem as “mudanças climáticas” devido à humanidade. Portanto, já deixamos claro que se trata de um dos membros assumidos do “pessoal do lado de lá”.
O caso do professor Brown
Feitas as apresentações, vamos ao texto. Brown acrescenta logo no subtítulo que publicou seu artigo na Nature (oh, a revista científica!) porque apegou-se à “narrativa” a qual sabia que os editores iriam gostar e alertou que não deveria ser assim o funcionamento da ciência. O leitor já sabe o quanto mostramos que os editoriais de veículos como esse são totalmente declarados contra os cientistas do grupo dos céticos, rotulando-os de “negacionistas”, título jocoso proferido pelos embusteiros, entre outros adjetivos e qualificadores impronunciáveis. Isto pega muito mal para uma publicação (e outras) que se diz científica, tendo em vista que a climatologia, além de não estar definida, não nos ofereceu até hoje nenhuma evidência dos “postulados” climáticos contemporâneos, mas, precisamente o contrário, trouxe fortes evidências de que eles estão errados.
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Brown inicia seu texto focando nas manchetes de 2023 de diversas mídias, como The New York Times, Bloomberg, PBS News Hour, entre outras, que relatavam que os incêndios florestais e a fumaça derivada destes estariam a aumentar por causa das “mudanças climáticas”. Contudo, considerando-se declaradamente como um cientista climático, Brown relata que, nem de longe, as alterações climáticas humanas, na visão dele de “aquecimentista”, ressaltamos, seriam o principal fator de um suposto aumento de focos, questionando o que motivaria a imprensa a dar esse destaque com tanta veemência naquele período.
Na sequência, indagou que o motivo deveria ser o mesmo dele por ter se enquadrado no enredo que “recompensa quem o conta”, mostrando que seu prêmio foi a publicação de seu artigo para contar pontos para a sua carreira, tendo em vista que o sistema vigente, comandando por empresas como a Google, elege a Nature como uma revista de grande prestígio.
Em suas próprias palavras:
“O artigo que acabei de publicar — ’O aquecimento climático aumenta o risco diário extremo de crescimento de incêndios florestais na Califórnia’ — concentra-se exclusivamente em como as mudanças climáticas afetaram o comportamento extremo dos incêndios florestais. Eu sabia que não deveria tentar quantificar outros aspectos-chave além das mudanças climáticas na minha pesquisa porque isso diluiria a história que revistas de prestígio como a Nature e sua rival, a Science, querem contar.”
Esse é o grande problema hoje que simplesmente arruinou a ciência. Ela usa métricas corruptas que mensuram o “nível científico” de alguém pela revista que publica e não pelo mérito do tema ou assunto, inclusive, da grande relevância que este possa ter para o verdadeiro amadurecimento do conhecimento científico ou da resolução ou entendimento de problemas no desbravar do desconhecido do mundo natural.
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A ciência virou simplesmente uma burocracia, travestida de que “faz ciência” e, como toda burocracia, ela exerce controle. Assim, por mais absurdo que possa parecer, um ente externo a uma instituição de pesquisa, denominado por “revistas” privadas, regidas por métricas de outro ente externo também privado, são os que dizem o que pode ou não ser dito pelo próprio pesquisador e sua instituição, na maioria das vezes, pública. Isto que nem abordamos o tema de financiamentos. Brown também relata isto:
“(…) É extremamente importante que os cientistas estejam a publicar em revistas de alto nível; em muitos aspectos, elas são as guardiãs do sucesso profissional na academia. E os editores destas revistas deixaram bem claro, tanto pelo que publicam como pelo que rejeitam, que querem artigos sobre o clima que apoiem certas narrativas pré-aprovadas – mesmo quando essas narrativas surgem à custa de um conhecimento mais amplo para a sociedade.” (Grifos nossos)
Aqui fica claro que o tal conceito inovador de “produção acadêmica” foi criado para cercear exatamente os dissidentes e não para identificar os que não fazem nada. Ademais, ciência não é fábrica para ter produção. O conceito é patético!
Então, nortear o que vai ou não ser publicado significa nortear o início do processo. É o cúmulo do absurdo! Pesquisas são financiadas com dinheiro público e feitas simplesmente objetivando serem publicadas para enobrecer a carreira de um sujeito qualquer que admite ser incluído como cúmplice nesse processo corrupto. Acabou a ciência pela ciência. É a ciência pelo prêmio, melhor ainda, com gordos salários do contribuinte. Enquanto isto, criam favorecimentos falsamente científicos à narrativa que causarão consequências drásticas lá na frente, tanto para a produção da sociedade, como para a existência da própria humanidade. A consequência desta cumplicidade, como alertado no início, é ser cooperador, não mais apenas de uma ciência falida, nem de enlaces geopolíticos nefastos, mas ativamente agente de legitimação da destruição da humanidade, com todo o peso que isto carrega.
“Ciência” versus verdade
Feita essa observação, vejamos mais um ponto bombástico e quase confessional de Brown que aborda a diligência do sucesso instantâneo, muito procurado na atualidade. Como foi titulado em seu doutorado relativamente recente, em 2016, ele ressalta a importância de se obter uma publicação de “alto prestígio” logo no início de carreira, sendo quase que fundamental para se obter láureas em vez da ruína. “Quanto ao motivo pelo qual segui a fórmula apesar das minhas críticas, a resposta é simples: eu queria que a pesquisa fosse publicada no local de maior visibilidade possível.”
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Este ponto pode identificar a fórmula para se obter o sucesso acadêmico de maneira veloz e segura? Claramente que sim, pois enquadrar a pesquisa de forma que a falsa realidade da “mudança climática” seja entendida isoladamente como precursora de qualquer coisa. É a norma para se publicar nas revistas descritas como de “alto prestígio”. Brown relata:
“É assim que funciona. A primeira coisa que um investigador climático astuto sabe é que o seu trabalho deve apoiar a narrativa dominante – nomeadamente, que os efeitos das alterações climáticas são tanto generalizados como catastróficos e que a principal forma de lidar com eles não é empregando medidas práticas de adaptação como infraestruturas mais fortes e mais resilientes, melhores códigos de zoneamento e de construção, mais ar condicionado – ou no caso de incêndios florestais, melhor gestão florestal ou linhas elétricas subterrâneas – mas através de políticas como a Lei de Redução da Inflação, destinada a reduzir as emissões de gases com efeito estufa.” (Grifos nossos)
Além de expor a fórmula do falso sucesso, Brown relata algo que os cientistas céticos já chamam a atenção de longa data. As questões generalistas que envolvem a “mudança climática”, pois qualquer coisa pode e será atribuída como sua consequência e vice-versa, invertendo a carroça na frente dos bois. Melhor ainda se a narrativa for avassaladora, catastrófica, destruidora e letal. Também nos chama a atenção o fato dele ressaltar a astúcia necessária para esse sucesso. Por isto que nunca foi surpresa ver entrevistas de “pesquisadores” climáticos, especialmente os “renomados” aqui do Brasil, destacarem que viram uma oportunidade em suas carreiras e seguiram por ali. Não era uma oportunidade genuína, era um oportunismo!
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Não esgotaremos o assunto neste artigo, porque alguns pontos notórios precisam de discussão mais ampla, as quais serão realizadas no próximo bloco, especialmente no que diz respeito ao posicionamento das revistas científicas frente a questões como esta e o péssimo exemplo desta fórmula de sucesso para os ditos “jovens cientistas”, especialmente quando a ambição está enraizada em suas almas.
De qualquer forma, fica cada vez mais claro para toda a sociedade que as tais “mudanças climáticas” dirigidas por um “aquecimento global” move uma indústria de trilhões de dólares pelo mundo. Com cifras nesta casa, compram-se narrativas, compram-se governos, destroem-se a sociedade, destroem-se a humanidade.
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Muito bom, Felício! Você traz luz a essas questões de “militância pelo bem”, pregada por esses pesquisadores que deixaram a ciência de ladool para focar em seus ganhos pessoais. Estudei em universidade pública no Brasil e vi de perto como eram as seleções para bolsas e estágios remunerados. Se não fosse de esquerda, você estava fora. Então apenas membros de DA’s e DCE’s comprometidos com a esquerda eram selecionados em processos sem transparência alguma. Isso me fez seguir pela iniciativa privada, ao passo que meus colegas seguiram na carreira pública, rertoalimentando o sistema e hoje muitoa são professores nessa instituição ou seguiram como servidores públicos em outras instituições. Mantida as devidas proporções, é a mesma coisa que o Dr. Brown relata nesse “desabafo” dele
Corajoso e ético
Magnífico artigo Professor Felício; Não deixo de ler um artigo assinado pelo senhor aqui na Revista Oeste Vejo conhecimento, seriedade e, sobretudo, honestidade.
Caro prof Felicio, sabemos que isso ocorre tanto no âmbito da Nature e é replicado nos departamentos e periódicos do fim do mundo. Uma vez apresentei uma palestra sobre mudanças climáticas focando apenas no viés científico: dados proxys, mecanismos astronômicos, datações absolutas, etc. Na verdade era uma aula. Foi acusado pela fofocarem ambientalista de ter recebido dinheiro da CIA (sei lá porque exatamente a CIA) por divulgar essas ideias nefastas. Enfim, parafraseando Mozart: cosi fan tutti!
Concordo que a fama e o salário é mais necessário do que a ciência que deveria ser baseado em fatos recorrentes e verificáveis e não em modelos matemáticos inventado pela humanidade. Jeremias 17 verso nove: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto: quem o conhecerá?” escritas uns 2700 anos atrás.