(*) Por Ricardo Felício
Em 20 de setembro, em evento patrocinado pelo jornal The New York Times, o chefe do Banco Mundial (WB), David Malpass, foi diversas vezes questionado sobre o impacto do uso de petróleo e seus derivados no tocante às “mudanças climáticas”. Com recusas e esquivas em responder, alegando não ser cientista, acabou sendo carimbado com o rótulo de cético do clima pelas ONGs ambientalistas. Curiosamente, seus acusadores tiveram o tato de não o rotular como negacionista, mas usaram o termo apropriado, ou seja, cético.
O ataque a David Malpass começou com a burla da existência de consenso científico sobre o tema, já desmistificado há quase dez anos, mas ainda repetido como um mantra pela ala aquecimentista e ambientalista, com os seus supostos 97% de consenso. Em se tratando do IPCC e caterva, admira-se não existir até mesmo uma precisão decimal no valor porcentual. Além disto, o próprio chefe do WB não demonstrou ter certeza de que o uso do petróleo possa causar “mudanças climáticas”.
O simples titubear de uma figura de tal porte em evento de destaque mundial bastou para que sua cabeça fosse pedida sobre uma bandeja. Líderes de ONGs ambientalistas, cujos financiamentos vêm de todos os tipos de fundos e governos, vociferaram contra, exigindo sua demissão. O caso é muito parecido com o que ocorreu com James Lovelock (falecido em 2022 aos 103 anos), escritor da “teoria de gaia” que, pelo método científico, ficou apenas na consideração, ou seja, uma hipótese não comprovada que beira muito mais à metafísica ou ao panteísmo. Em 2012, na véspera da Rio+20, Lovelock admitiu que exagerou em relatar as temperaturas elevadas do planeta, as quais sinalizam estar bem aquém do imaginado, mas que se não o fizesse, seus livros não seriam vendidos. Isto bastou para que fosse categorizado como senil pelos seus próprios “adoradores”, mas também mostrou que essa gente vive do terror que é propagado para toda a humanidade, com outros objetivos, os quais estão cada vez mais claros nos tempos atuais para os que se mantêm vigilantes. Vale ressaltar que este tipo de comportamento é idêntico ao propagado por regimes totalitários socialistas ou comunistas, como de Stalin, onde os seus opositores recebiam o devido cancelamento.
Para o caso de David Malpass, a corda deve ter apertado no pescoço. Após as repetidas respostas de “eu nem sei, não sou um cientista”, proferidas no evento do The New York Times, o presidente do WB acabou emitindo uma nota na quinta-feira 22 que dizia estar “claro” que os humanos são os causadores do aquecimento do planeta. Segundo o jornal Politico UE, a nota informava: “Sobre o clima, está claro que as emissões de gases de efeito estufa das atividades humanas estão causando mudanças climáticas e que o aumento acentuado no uso de carvão, diesel e óleo combustível pesado, tanto em economias, quanto em países em desenvolvimento, está criando outra onda da crise climática. Qualquer coisa vista sob uma luz diferente é incorreta e lamentável.”
Na verdade, lamentável, mas esperada, foi ver a sua resignação frente às pressões que deve ter recebido. Ademais, tornou-se curioso avaliar a sua nota que fez alusão às ondas virais, como se o clima pudesse ser interpretado desta forma. Ainda afirmou que o “trabalho contínuo do banco é fundamental para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, aumentar a resiliência, fazer a transição dos países para longe das fontes de energia mais intensivas em carbono, aumentar o acesso à energia limpa e capacitar o setor privado”.
Em complemento, o mesmo jornal questionou Merza Hasan, reitor do conselho do WB e seu diretor executivo, se a instituição perdeu a confiança no seu presidente. Hasan respondeu que o banco leva as “mudanças climáticas” muito a sério: “Na verdade, fizemos e estamos fazendo muito quando se trata da agenda climática global”, disse ele.
De fato, o Banco Mundial faz muito sim, em atrapalhar e dificultar as coisas. Em resumo, como “donos” do dinheiro, o capital só flui para os projetos que respeitem (ou adorem) ao sistema coercivo e de restrições devidamente impostos pela agenda global, em especial, na sua edição 2030. Isto não para no clima! Transita por ideologia de gênero, de “raças” e qualquer coisa que seja de seu interesse e que possa restringir, limitar ou controlar.
Em última análise, o evento pode ser encarado por dois prismas. No primeiro, toda a situação não passou de um teatro, um ataque de falsa bandeira, somente para mostrar para qualquer desavisado de que questionar os “senhores do mundo” sobre este tema pode ser algo muito perigoso, com um preço muito alto a ser pago, não interessando a sua posição social. Diametralmente oposto, num segundo entendimento, Malpass realmente disse o que acha quando participou da mesa redonda e assim, sua nota de retratação se assemelharia ao julgamento de Galileo Galilei que, quando em frente ao tribunal, logo após a sua confissão, virou o rosto para o lado, dizendo: “Mas que gira, gira!”.
(*) Mestre em meteorologia e professor-doutor de Climatologia
A Anita tem a solução para o aquecimento global, vai mandar matar todas as vacas pra não peidarem mais e pronto resolvido o problema.
Perfeito prof. Felicio. As “mudanças climáticas” se constituem na cereja do bolo no menu dos ” regressistas” principalmente europeus. É a aplicação direta do gramscismo na sociedade . Terrorismo climatico induz ao controle da população e a instauração do ministério da verdade. Se você não se alinhar é cancelado e não tem mais emprego. Não precisa matar ninguém. É só deixa- los sem renda. Eles morrem de fome.
Gostei disso! Acho que está faltando pouco para, em algumas regiões, as pessoas comerem seus mortos. Estão mortos mesmo!
A história se repete ad eternum
É exatamente isso.
E nós, embora cientes de que a instrução é o único antídoto contra o medo gerado pela ignorância, deixamos por aqui o estabelecimento de sucessivos governos socialistas que, naturalmente, implantaram o gramscismo cultural.
Triste!
Excelente! Gosto muito do seus artigos. Temos que manter sempre acesa a chama da resistência frente a esse terrorismo ambientalista e aquecimentista. Obrigado!
Resumindo a situação: se não pagar o pedágio ideológico, você correrá perigo.
O discurso desses globalistas muda de acordo com seus interesses espúrios.
Para eles somos meros espectadores resignados.
Um dia sua arrogância fétida, com certeza será enterrada junto com seus frágeis e inúteis corpos.