O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, nomeou o socialista Alexis Rodríguez Cabello, um militar e político, de 58 anos, para ser a “autoridade única” do território de Essequibo.
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Cabello, segundo Maduro, vai ser o responsável por comandar uma “Zona de Defesa Integral”, que vai ser implantada pelo regime venezuelano para iniciar o processo de anexação de Essequibo.
Área que corresponde a cerca de 70% do território da Guiana, Essequibo está na mira da ditadura venezuelana. Maduro chegou a realizar um contestado referendo para validar a sua tese de que a região deveria ser anexada à Venezuela — estratégia que a comunidade internacional repudia.
Socialista convícto
Aliado de Maduro, Alexis Rodríguez Cabello se define em suas redes sociais como “bolivariano, chavista e profundamente crente de que o socialismo é o caminho para o desenvolvimento humano”. Ele se formou na Academia Militar da Venezuela, em 1987.
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Em 1992, o militar se juntou à tentativa frustrada de golpe liderada por Hugo Chávez contra Carlos Andrés Pérez. Desde então, ele ocupou diversos cargos no Exército bolivariano. Cabello foi comandante-geral da força militar do regime de Maduro, de 2019 a 2020.
Atualmente, Cabello é deputado da Assembleia Nacional — Parlamento venezuelano liderado pelo chavismo.
O militar foi eleito para o cargo, em 2020, pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV). A sigla é a mesma de Maduro.
No Parlamento, ele atua como presidente da Comissão Permanente de Controladoria da Assembleia. O colegiado é responsável pela fiscalização do dinheiro público na Venezuela. Além disso, ele é vice-presidente territorial do PSUV no Estado de Bolívar.
Aliado de Maduro já realiza reuniões para determinar ações na região de Essequibo
Por meio de seu perfil no Twitter/X, Cabello divulga que está levando a sério a nomeação de interventor da região, que, na verdade, pertence à Guiana. Pela rede social, ele aparece em reuniões administrativas sobre ações que poderão ser tomadas em relação ao território de Essequibo.
As ações de Maduro sobre a região da Guiana foram anunciadas na terça-feira 5. Na sexta-feira 8, o ditador assinou seis decretos assinados pelo ditador para transformar o território de Essequibo em um Estado venezuelano.
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Vai tomar é tiro, isso sim.