O líder paramilitar do Grupo Wagner, que rompeu as relações com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, atende pelo nome de Yevgeny Prigozhin.
Ele conhece Putin desde a década de 1990. Ficou conhecido por ser o líder do Grupo Concord, conglomerado de diversas empresas que oferecia serviços de alimentação de luxo para a alta sociedade russa e para milionários estrangeiros.
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A ascensão de Prigozhin perante empresários lhe rendeu bons contratos, inclusive com o Kremlin. Os acordos de serviços de alimentação com o governo russo também lhe renderam um apelido: Chef de Putin.
Como Prigozhin transformou-se no líder do Grupo Wagner?
Ele deu início ao grupo paramilitar depois dos movimentos separatistas apoiados pela Rússia, em 2014, em Donbass. O objetivo de Prigozhin era não apenas lutar na região leste ucraniana, mas também combater em todas as causas apoiadas pela Rússia.
De lá para cá, o Grupo Wagner conquistou notoriedade no campo militar. Enquanto as tropas militares russas enfrentavam contratempos nas batalhas, os combates de Prigozhin conseguiam progressos notáveis.
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A milícia russa é conhecida por adotar táticas de treinamento brutais. Mark Hertling, tenente-general reformado dos Estados Unidos, descreve esse treinamento da seguinte maneira: “Dar carne para um moedor de carne”.
Por que o líder do Grupo Wagner rompeu com Putin?
A temperatura começou a subir depois de uma batalha dos paramilitares pelo domínio da cidade de Bakhmut, na Ucrânia. Na ocasião, os milicianos acusaram o Ministério da Defesa da Rússia de não fornecer munição suficiente para as tropas de Prigozhin.
Na tarde de ontem, Prigozhin enviou um recado a Putin. “O mal trazido pela liderança militar do país deve ser interrompido”, disse. “Eles negligenciam a vida dos soldados. Esqueceram a palavra ‘justiça’ e vamos trazê-la de volta. Aqueles que destruíram hoje nossos homens, que destruíram dezenas de milhares de vidas de soldados russos, serão punidos. Ninguém resiste. Todos que tentarem resistir, os consideraremos um perigo e os destruiremos imediatamente, incluindo quaisquer postos de controle em nosso caminho.”
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O governo russo emitiu um comunicado em que declara que as afirmações de Prigozhin “não correspondem à realidade e são uma provocação informativa”.
Autoridades da Rússia confirmaram também que Putin está ciente dos últimos acontecimentos, e as medidas necessárias estão sendo adotadas.
Além disso, uma investigação contra o líder do grupo Wagner será iniciada por possível incitação de um motim.