Artigo acadêmico detalha e explica a história do coronavírus para o público leigo.
Todos estão em pânico sobre esse tal de coronavírus, mas na verdade ninguém sabe muito sobre ele.
Pois bem, seus temores acabaram. Um artigo acadêmico (e sem os jargões herméticos, algo comum a este meio) nos ajuda a esclarecer o que é realmente esta nova doença respiratória.
O texto foi publicado no último dia 22 de fevereiro, no prestigiado International Journal of Epidemiology, e é de autoria da equipe do dr. Wenyi Zhang, médico e professor do Centro de Controle de Doenças e Epidemias da Universidade Pública de Pequim, na China.
Ele faz uma ampla e minuciosa síntese do coronavírus (covid-19, na nomenclatura técnica), do seu surgimento em Dezembro de 2019 na pequena cidade chinesa de Wuhan até o seu surpreendente contágio global nos continentes americano, europeu e asiático.
No momento em que o artigo foi publicado, o número total de doentes é de 67,091 – e a soma de mortos, na China, já ultrapassou 1527 pessoas.
A grande vantagem ao ler este artigo acadêmico é que ele mostra que, apesar da doença ter uma capacidade incrível de contágio (já ultrapassou os estragos feitos pela SARS, a Síndrome Aguda de Deficiência Respiratória), ela é razoavelmente simples de ser combatida e contida.
A profilaxia consiste, segundo o artigo, em isolar as pessoas suspeitas de contaminação e evitar os países que se tornaram focos de infecção.
Contudo, conforme explica a equipe de pesquisadores, o maior problema de lidar com a doença não veio dos hospitais ou dos meios médicos, e sim do próprio governo chinês, que não anteviu a gravidade do vírus e foi ineficiente na hora de se precaver, chegando ao ponto de omitir deliberadamente informações importantes sobre o covid-19.
Esta é também a mesma opinião do cientista e especialista em risco Yaneer Bar-Yam (conta no Twitter: @yaneerbaryam), um israelense que disse claramente que a única solução para que o coronavírus não se transforme em uma epidemia é usar de medidas drásticas a princípio, mas que se revelaram seguras no médio e longo prazo.
Enfim, a melhor maneira de evitar ser uma vítima do coronavírus continua sendo a velha e boa lição de prudência: lavar as mãos constantemente – e ficar em casa, isolado de outras pessoas, se apresentar os sintomas.