O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell Fontelles, afirmou nesta quarta-feira, 28, que os referendos organizados pela Rússia sobre a anexação de quatro regiões ucranianas ocupadas são ilegais e manipulados. Também nesta quarta-feira, em razão dos referendos, o governo ucraniano pediu mais dinheiro do Ocidente para combater a Rússia.
“Esta é mais uma violação da soberania e da integridade territorial da Ucrânia, em meio a violações sistemáticas dos direitos humanos”, escreveu Fontelles, em seu perfil pessoal no Twitter. Na mensagem, também elogiou “a coragem dos ucranianos, que continuam se opondo e resistindo à invasão russa”.
EU denounces holding of illegal “referenda” and their falsified outcome.
This is another violation of Ukraine’s sovereignty + territorial integrity, amidst systematic abuses of human rights.
We commend the courage of Ukrainians, who continue to oppose & resist Russian invasion.
— Josep Borrell Fontelles (@JosepBorrellF) September 28, 2022
A Rússia realizou consultas em quatro regiões ocupadas: Donetsk e Luhansk, no leste, e Zaporizhzhia e Kherson, no sul. Juntas, elas respondem por 15% do território ucraniano.
A agência de notícias estatal russa Tass divulgou hoje os dados finais do referendo, afirmando que, na região de Kherson, 87% concordaram com a anexação; em Zaporizhzhia, a aprovação foi de 93%; em Donetsk, 99%; e em Luhansk, 98%.
Com os resultados, o governo russo já fala em anexar as áreas a partir de 4 de outubro.
Em razão do referendo e do suposto resultado, o governo da Ucrânia pediu ao Ocidente um aumento “significativo” da ajuda militar.
“A Ucrânia pede à UE, à Otan e ao G7 que aumentem a pressão sobre a Rússia de maneira imediata e significativa, incluindo a imposição de novas sanções duras, assim como um aumento significativo da ajuda militar à Ucrânia”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores, em um comunicado.
O ministério mencionou em particular “tanques, aviões de combate, veículos armados, artilharia de longo alcance, material antiaéreo e equipamento de defesa antimísseis”.
O governo ucraniano também pediu que todos os Estados e organizações internacionais “condenem imediatamente as ações ilegais do Kremlin nos territórios temporariamente ocupados da Ucrânia e aumentem o isolamento da Rússia”.
Enviem mais apoio (armas) e mais dinheiro para o ralo (buraco negro) ucraniano, senhoras e senhores governantes europeus, até o seu rico dinheirinho acabar. Aí vão pedir emprestado a juros “módicos” ao Xixi Ji Ping e vão entregar o resto que tem para ele. É um excelente investimento esse, da Ucrânia. kkkk…
Engraçado que o mesmo padrão não se aplica à “independência” do Kosovo, “serto”?
A tão propalada “autonomia dos povos’, fundamento da ONU, não se aplica ao caso? E aos povos indígenas, como gostaria o Macron, também não se aplica?