Em cerimônia simbólica realizada em Edimburgo, na Escócia, o rei Charles 3º e a rainha Camila foram coroados na quarta-feira 5. O evento faz parte do rito da Semana Real escocesa, uma celebração anual na qual a Família Real visita o país e prestigia a cultura e as conquistas locais.
Realizada após coroação oficial, ela acontece porque até 1603 a Escócia e o Reino Unido tinham monarcas diferentes. Como não é permitido que haja duas cerimônias oficiais de coroação, os escoceses realizam uma simbólica durante a Semana Real.
Joias recebidas pelo rei Charles 3º na Escócia
Mais cedo, o Charles 3º participou de uma solenidade na Catedral de St. Giles, onde foi presenteado com as “Honras da Escócia” — conjunto das mais antigas jóias da Coroa britânica, datadas do século 16.
Entre as peças estão o cetro, a coroa da Escócia — produzida em 1540 para o então rei escocês, James 5º, e usada na coroação da rainha Maria, aos 9 anos de idade, em 1543 —, além da espada real — substituída por uma nova em homenagem a rainha Elizabeth 2ª.
Soberano, mas…
O rei Charles 3º é soberano em 14 países, além do Reino Unido. Em seis dessas nações, a população optaria por mudar de monarquia para a República, caso houvesse uma votação sobre o tema. É o que mostrou um levantamento encabeçado por Lord Ashcroft, empresário e político britânico ligado ao partido conservador.
O levantamento contou com a participação de 22 mil adultos nas nações em que o monarca britânico é o soberano. De acordo com o resultado, os súditos de Austrália, Jamaica, Canadá, Antígua e Barbuda, Bahamas e Ilhas Salomão optariam por transformar seus países em Repúblicas, se houvesse um referendo.
Além disso, o levantamento mostrou que a maior parte dos moradores do Reino Unido apoiam a manutenção da monarquia. Em duas nações, contudo, o número de apoiadores ficou em menos de 50% do total. São elas: Irlanda do Norte e Escócia, em que a monarquia foi a preferência de cerca de 46% do entrevistados.