Hoje, no Brasil, sob o regime republicano, pode ser difícil imaginar que já fomos uma monarquia constitucional, e que o monarca, que exercia o Poder Moderador, podia dissolver o Parlamento e convocar novas eleições. É o que acontece na Espanha hoje, onde o rei faz indicações para a chefia do parlamento.
Nesta terça-feira, 3, o rei Felipe VI da Espanha indicou o atual primeiro-ministro Pedro Sánchez para formar o governo do país. Porém, a decisão do rei não foi deliberada. Isso porque, antes da indicação, o monarca consultou os representantes dos partidos que ganharam assentos no Parlamento depois das eleições de 23 de julho.
Para ser reeleito como premiê, Sánchez terá de apresentar suas propostas de governo aos deputados espanhóis, e ainda enfrentar uma votação de confiança. O político precisa do apoio de 176 dos 350 deputados.
Essa foi a segunda indicação de Felipe VI depois das eleições. No dia 22 de agosto, o monarca havia nomeado Alberto Núñez Feijóo. Ele é o líder do Partido Popular (PP), que venceu o pleito. Porém, Feijóo não obteve a maioria no Parlamento espanhol a fim de ser eleito primeiro-ministro.
Quem é Pedro Sánchez
Sánchez é o líder do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol). O seu partido obteve 122 cadeiras no Parlamento depois das eleições. O premiê já tem o apoio da coalizão de esquerda Sumar, que conseguiu eleger 31 deputados.
Durante pronunciamento oficial nesta terça-feira, 3, Sánchez disse que deve iniciar as negociações com os deputados na quarta-feira 4. “Logicamente, começarei essa rodada de conversas com a vice-premiê e líder do Sumar, a Yolanda Díaz”, disse o atual premiê espanhol.
Segundo o portal Poder 360, ele também afirmou que, nos próximos dias, vai se reunir com os diversos grupos parlamentares, exceto com a “ultra-direita do Vox”. O partido de direita é um dos aliados do PP.