Os eleitores do Reino Unido vão às urnas nesta quinta-feira, 4, para eleger um novo Parlamento e governo nas eleições gerais. Pesquisas revelam que o atual primeiro-ministro, Rishi Sunak, do Partido Conservador, deve perder, encerrando 14 anos de liderança conservadora.
Essa eleição tem sido avaliada como um referendo do governo dos conservadores, que comandam o país desde 2010 e enfrentaram desafios, como a crise financeira global, o Brexit e a pandemia de covid-19.
Na oposição, estão os trabalhistas, de centro-esquerda, liderados por Keir Starmer. A eleição antecipada foi convocada por Sunak, que tinha até janeiro de 2025 para fazê-lo.
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Como funciona a eleição parlamentar no Reino Unido
O Parlamento britânico tem 650 assentos, sendo necessários 326 para a maioria. Depois de semanas de campanha, as urnas foram abertas às 7h (horário local) desta quinta-feira (3h, no horário de Brasília) e fecharão às 22h. Os eleitores votam em candidatos que representam seus distritos.
O líder do partido com a maioria se torna primeiro-ministro e pode formar um governo. Caso não haja maioria, é possível governar como minoria ou formar uma coalizão, como fizeram Theresa May, em 2017, e David Cameron, em 2010. O rei Charles III tem um papel simbólico, aprovando a formação do governo e a dissolução do Parlamento.
Quem é o líder dos trabalhistas?
Keir Starmer, líder trabalhista e ex-advogado de direitos humanos, é o principal rival de Sunak. Starmer entrou na política em 2015 e se tornou líder do partido após atuar como secretário do Brexit. Ele herdou um partido em crise e trabalhou para reformá-lo.
Starmer é visto por apoiadores como um líder sério e de princípios, mas críticos afirmam que ele carece de carisma e ideias. A mídia britânica estará proibida de discutir informações que possam influenciar a votação até o fechamento das urnas. Uma pesquisa de boca de urna será divulgada logo depois da votação, e os resultados reais serão contados ao longo da noite.
Os resultados da noite geralmente indicam o vencedor por volta das 3h (horário local), e o novo primeiro-ministro assume ao meio-dia da sexta-feira. A transferência de poder pode demorar mais se o resultado for apertado ou se algumas vagas forem decididas na reta final.
Na França a direita lutando para se afirmar no poder aí vem a Inglaterra querendo fazer merda, elegendo um trabalhista, com militância em direitos humanos! A Europa adora sofrer!