A Universidade de Liège, na Bélgica, lançou recentemente uma disciplina — obrigatória para todos os alunos da instituição — sobre “sustentabilidade”, termo ideológico disfarçado, proveniente da uma mistura de falsa ecologia com desenvolvimento precário. Além da tradicional doutrinação ambiental implícita, o que mais chamou a atenção foi a ementa do curso. Nela, os supostos problemas ambientais, especialmente a falaciosa “mudança climática”, foram, não só, mais uma vez atribuídos à ação humana, mas a universidade também apontou um grupo específico de pessoas como suposto autor dessa “atrocidade”: o homem branco, cristão e heterossexual.
Depois de protestos, a universidade removeu partes do texto abusivo, mas manteve a obrigatoriedade da disciplina. Contudo, nem sequer um pedido de desculpas foi apresentado ao povo cristão, deixando a tradicional banana para todos. A situação é claramente uma afronta a vários quesitos dos direitos fundamentais humanos que foram tratados com a tradicional leviandade. Além de um abuso, foi um verdadeiro descaso e reforça o ponto que se discute na sociedade atualmente: para que lado a mão forte da lei pesa. Claramente segue uma linha doutrinária a favor de uns e omite-se sobre outros.
Quando a notícia sobre a Universidade de Liège foi divulgada, tive a honra de participar do programa Bradock Show, mas dada a brevidade do tempo, não foi possível aprofundar o tema em seus aspectos científico, geopolítico e até espiritual, categorias atualmente cada vez mais claramente amalgamadas. De fato, quando Liège fez uma acusação de que o falacioso caos ambiental é culpa dos homens brancos, cristãos e heterossexuais, a universidade acabou escancarando os objetivos do discurso envolvidos no tema, muito mais do que simplesmente aludir o suposto problema ao “homem ocidental” e sua cultura.
Universidade de Liège mente
Para começar, Liège mente de forma escancarada ao dizer que os ambientes terrestres estão próximos de um colapso. Chama atenção uma universidade pecando em conceitos básicos como os que envolvem as escalas. O planeta vai muito bem. A vegetação, tanto a natural como a plantada, incluindo a agrícola, tem crescido consideravelmente desde 1982 — isso é comprovado por imagens de satélites.
Quanto ao clima, estamos aprendendo muito mais sobre ele do que concluindo, pois somente nos últimos 50 anos é que tivemos uma noção, e não certeza, de como os grandes sistemas terrestres aparentemente funcionam. Isso ocorreu graças, em parte, à rede de monitoramento e não a modelos computacionais fanfarrões. Portanto, é muito cedo ou altamente precoce tirar quaisquer conclusões. Pior ainda é praticar o ridículo reducionismo de transformar a complexidade climática de todos os lugares da Terra simplesmente vendo valores de temperatura do ar, atribuídas à concentração de CO2. Quem faz isso responde às agendas, não à verdadeira ciência.
Raça e religião
Depois dessa breve explanação, podemos voltar ao tema da acusação feita por Liège. Se por um segundo, a hipótese em que o CO2 controla o clima fosse verdadeira, deveríamos lembrar que a China sozinha emite cerca de 31% de todo o cômputo de dióxido de carbono humano e claramente eles não são brancos, mas amarelos. Se colocarmos nessa soma as potências industriais como Japão e Coreia do Sul, a fração atinge cerca de 50%. Concluímos que pela condição “cor de pele”, a premissa não faz sentido, se é que pretendia fazê-lo.
Vejamos então o quesito “religião”. A maior parte dos países orientais asiáticos se divide na prática do islamismo, hinduísmo e budismo e comporta quase três quintos da população mundial. As principais religiões praticadas na Ásia Meridional e no Sudeste são o hinduísmo, muito forte na Índia, o islamismo da Indonésia, Bangladesh e Paquistão e o budismo que se centra na Indochina e boa parte da península Malaia. O cristianismo católico permaneceu por herança apenas nas Filipinas. Estas regiões comportam uma parcela significativa da população mundial.
Quanto ao continente africano, atualmente com 54 estados, a União Africana (UA) registra que, entre as cerca de 800 milhões de pessoas que lá habitam, há certo empate entre os cristãos e muçulmanos, com cada uma registrando 40% do total da população geral. Os demais 20% se dividem entre as religiões indígenas. Contudo, a distribuição regional é bastante restritiva. A maior parte dos países produtores de petróleo tem origem étnica árabe, seguindo o islamismo. Pela óptica da emissão de CO2, oriundo de petróleo, os países produtores não deveriam entrar no cômputo? Se assim for, boa parte das reservas de petróleo está nas mãos de árabes, notadamente praticantes do islamismo. Aparentemente, a condição “religião” também não parece fazer sentido.
Condição sexual
Se tudo isto não bastasse, Liège ainda culpa os heterossexuais pela catástrofe ambiental do mundo. Independentemente de ligarmos essa discussão aos cristãos, entendamos que, em primeira análise, a universidade ridiculariza, e de certa forma até incrimina, de maneira velada, a reprodução da espécie humana no primeiro momento, pois na ementa da disciplina afirma que uma “espécie” consegue infligir a destruição do planeta e de todos os seres vivos.
Aqui vemos a sugestão de que a humanidade precisa ser contida e a necessária referência aos cristãos é direta porque Deus deu uma ordem que não foi revogada de crescer e multiplicar. Isso vai contra os “princípios” do ambientalismo, a nova religião de adoração a Gaia, mãe-terra e afins que está imersa na quarta versão da “teoria” malthusiana (eco-malthusianismo). Para eles, cada novo ser vivente é um potencial emissor de CO2 e futuro contribuinte para aquecer o planeta Terra com seus “gases de efeito-estufa mortais”. Essa “gente” só sabe computar gases, não se importando com pessoas.
Os indivíduos heterossexuais são problemáticos à “sobrevivência planetária” e, assim, nada melhor que implementar as agendas progressistas que destroem as famílias e estimulam, além de uniões homoafetivas, a não existência de filhos — todas metas calcadas no ambientalismo paganista. Notemos que, de novo, os cristãos seriam um problema porque não aceitam certos tipos de conduta, simplesmente por seguirem a palavra bíblica, expressa em várias passagens que indicam quais são as abominações perante Deus, todos claros impedimentos em se alcançar o reino dos céus. Veja que a promoção da distorção é proposital de forma a criar um estigma de intolerância dos cristãos perante os pecadores, quando na verdade a intolerância é quanto à prática pecaminosa. A guerra é espiritual.
E dentro deste cerne, novamente pegamos uma falha nos sofismas de Liège, claramente praticante do ambientalismo. Vejamos que as populações de asiáticos, orientais, africanos, onde a maioria é constituída por muçulmanos, hinduístas, budistas, continuam crescendo muito mais que o chamado “mundo ocidental”, cuja reposição de população já passou do ponto crítico em vários países. Contudo, por que não vemos um ataque direto dos ambientalistas a esses grupos, elegendo-os como potenciais emissores de CO2 pela existência de seus filhos?
Porque o problema não é esse! O problema é claramente outra coisa!
O culto de Liège
Chegamos ao ponto nevrálgico da nossa hipótese. Afinal, por que são apenas os cristãos heterossexuais, ou seja, aqueles que podem ter filhos, ou pelo menos deveriam ter, os acusados como grandes culpados do caos ambiental e climático? Por que esse grupo especificamente precisa ser acusado, incriminado, reduzido e extinto, se possível?
Não é porque cada cristão que nasça possa ser um potencial novo emissor de CO2, mas porque cada novo cristão é um potencial propagador da Palavra de Deus e do Evangelho, oferecendo a salvação para todas as nações através do sacrifício realizado por Jesus. Ninguém está preocupado com CO2, ambiente ou clima. Eles estão preocupados em garantir que o máximo de pessoas não tenha acesso à Palavra e para isto, mais um motivo foi elencado para perseguir os cristãos e destruir a civilização ocidental, principal berço de sua existência. Esta é a única meta.
A agenda ambientalista infesta os gabinetes de Estado das nações do Ocidente de forma contundente. Tudo é feito para dificultar a vida e a prosperidade nelas, criando todos os tipos de empecilhos, desde leis a impostos abusivos. Os políticos trabalham para arrasar seus países de forma a não desenvolvê-los, facilitando a sabotagem dos povos que têm o potencial de semear a palavra de Deus. Todas as suas medidas governamentais são sempre restritivas e divisórias, nunca de multiplicação. Tudo é potencializado para ser difícil, custoso, danoso, problemático, seguindo gurus ou fantoches mundiais como se fossem os oráculos do saber. Lembremos que Greta Thunberg, a sacerdotisa de Gaia, incrimina o Brasil, mas não a China. Não nos esqueçamos de Kamala Harris, candidata à Presidência dos EUA, que ficou transtornada quando um espectador expressou que “Jesus é Rei”.
Este é o método! Empobrecer e arrasar os países cristãos. Assim, quando uma universidade anuncia que terá uma disciplina obrigatória de forma a propagar o discurso da “sustentabilidade”, ela simplesmente está a praticar a doutrinação de adoração ambiental ao planeta como uma catequese, só que desvirtuada para se adorar a criação, o planeta, Gaia, mãe-terra ou qualquer outra coisa, exceto Deus. Nada mais desvirtuado eleger, pela fantasiosa destruição do mundo, os brancos, cristãos e heterossexuais. Liège não está a promover um curso. Ela está praticando um culto!
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Enquanto isso o papa…
Os amarelos ficaram fora e os muçulmanos.