Altos funcionários dos países europeus afetados, como Alemanha, França e Suécia, serão proibidos de entrar no território da Federação Russa
A Rússia decidiu ampliar as sanções contra representantes da União Europeia (UE) como forma de retaliar as medidas punitivas aplicadas pelo bloco por causa do envenenamento do opositor russo Alexei Navalny, informou a agência de notícias Tass nesta terça-feira, 22.
O Ministério das Relações Exteriores, segundo a agência, concluiu que são “categoricamente inaceitáveis” as medidas aplicadas pela UE contra funcionários do governo russo e que “não há evidência” do envolvimento de autoridades do país no envenenamento. Para o órgão, o bloco adotou medidas que ferem o “direito internacional de não intervenção em assuntos internos”.
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Por causa disso, outra agência de notícias russa, a Sputnik, informou que os embaixadores da Alemanha, França e Suécia em Moscou foram convocados para a apresentação de protestos e das novas sanções. O nome dos afetados, que seriam pessoas “contra a Rússia” na União Europeia, não foi divulgado.
Os três países foram os que fizeram as análises das amostras de sangue de Navalny e que detectaram a presença de uma substância química do grupo Novichok.
As medidas ampliam as sanções aplicadas em 12 de novembro e inclui a proibição de viagens dos afetados para Rússia. No entanto, no mês passado, as punições atingiram apenas dirigentes alemães e franceses, que foram os países que apresentaram a proposta de aplicar restrições aos russos. Em 15 de outubro, Bruxelas anunciou diversas sanções econômicas contra dirigentes próximos a Vladimir Putin.