A Rússia considera reduzir as relações diplomáticas com o Ocidente, informou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. Ele deu a declaração nesta quinta-feira, 27, em comunicado à imprensa. O motivo seria o envolvimento dos Estados Unidos e países aliados na guerra da Ucrânia.
“A questão da redução do nível das relações diplomáticas é uma prática padrão para Estados que enfrentam manifestações hostis”, disse Dmitry Peskov.
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O porta-voz do Kremlin afirmou que o país rejeita a “intervenção tão hostil do Ocidente na crise ucraniana”. Ele afirmou que o governo russo considera diversas opções de resposta, mas nenhuma decisão foi tomada.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que o auxílio do Ocidente à Ucrânia poderia escalonar o conflito e envolver outras potências nucleares.
Rússia acusa Estados Unidos de orquestrarem ataque na Crimeia
No início desta semana, os russos culparam os Estados Unidos por um ataque ucraniano contra a região da Crimeia. De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, mísseis de longo alcance dos EUA teriam sido usados na ofensiva.
A pasta acusou agentes norte-americanos de usarem satélites espiões para conseguir a localização precisa do alvo.
Como forma de retaliação, o governo russo convocou Lynne Tracy, embaixadora dos Estados Unidos, para uma repreensão diplomática. O ministério acusou Washington de manter uma “guerra híbrida com a Rússia”.
No dia seguinte ao ataque, o governo começou a movimentar sua doutrina bélica e considerou diminuir o tempo para o uso das ogivas nucleares. Segundo a Federação de Cientistas Americanos (FAS), Putin tem 5,5 mil dessas armas sob tutela.
A decisão flexibilizaria as prerrogativas que a Rússia têm para o uso das armas. Eles passariam a considerar a intervenção do Ocidente como ameaça internacional.
Vladimir Putin deixou claro, desde o início da guerra, em fevereiro de 2022, que o uso de armas nucleares seria necessário para se defender em situações extremas.