Os soldados russos tomaram parte da cidade de Severodonetsk, no leste da Ucrânia, nesta terça-feira, 31. Na prática, isso significa um aumento do controle de Moscou sobre uma das fortalezas mais importantes de Kiev em Donbass. O Kremlin intensificou os esforços para tomar a cidade, visto que as potências ocidentais tomaram novas medidas para impedir as investidas russas.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, planeja fornecer à Ucrânia sistemas de foguetes guiados com precisão para aumentar o poder de fogo de seu Exército. Segundo as autoridades norte-americanas, os armamentos podem atingir alvos a uma distância de 64 quilômetros. O treinamento sobre a maneira de usar os artefatos levaria pelo menos dez dias.
“O Exército da Rússia está tentando reunir forças esmagadoras em certas áreas, para pôr cada vez mais pressão sobre nossos defensores”, disse o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em discurso na segunda-feira 30. “Em Donbass, os russos reuniram o máximo poder de combate.”
O líder da autoproclamada República Popular de Luhansk, Leonid Pasechnik, afirmou à agência de notícias estatal russa Tass que um terço de Severodonetsk é controlado pelos separatistas. Soldados chechenos aliados ao Kremlin estão se movendo livremente no centro da cidade.
A queda de Severodonetsk deixaria os russos mais perto de seu objetivo de dominar Donbass e lhes daria um controle mais firme das estradas que levam a Slovyansk e Kramatorsk, consideradas os redutos mais importantes do Exército da Ucrânia na região.
Retaliações
Na segunda-feira, a União Europeia (UE) informou que introduziria um sexto pacote de sanções ao Kremlin, o que incluiria uma restrição ao petróleo entregue pela Rússia por meio de oleodutos.
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Aparentemente foi um tiro no próprio pé. O ocidente está enfrentando consequências graves da suposta represália contra a Rússia. Só quem está feliz e ganhando muito é o complexo militar americano. Não por acaso um grande doador para Biden.